As instituições financeiras
consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa para a inflação este
ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a
inflação oficial do país – caiu de 3,56% para 3,47%.
A informação consta no
boletim Focus, pesquisa semanal do BC, que traz as projeções de instituições
para os principais indicadores econômicos. Para 2021, a estimativa de
inflação se mantém em 3,75%.
A previsão para os anos seguintes também não teve
alterações: 3,50% em 2022 e 2023. A projeção para 2020 está abaixo do centro da
meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo
Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de
1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Selic
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).
De acordo com o boletim, a
Selic deve cair para 4,25% ao ano até o fim de 2020. Quando o Copom reduz a Selic,
como espera o mercado financeiro, a tendência é que o crédito fique mais
barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação
e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a
taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Já a manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações
anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Para 2021, a expectativa é
que a taxa básica suba para 6,25%. Para 2022 e 2023, as instituições estimam
que a Selic termine os períodos em 6,5% ao ano.
Atividade
econômica
A projeção para a expansão
do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos
no país – se mantém em 2,31% para 2020. As estimativas das instituições
financeiras para os anos seguintes, 2021, 2022 e 2023 também continuam em
2,50%. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,10
para o fim deste ano e R$ 4,00 para 2021.
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