Após reportagem exibida no domingo
(27) pelo Fantástico da rede Globo com relação às instituições de ensino superiores
fajutas que ofereciam Diplomas de graduação (falsos) para pessoas em estados
nordestinos e que não são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). O IDERC também foi citado pelo Fantástico, ao
todo são mais de 20 mil alunos prejudicados em todo o Brasil.
A reportagem recebeu
denúncias de um caso idêntico ocorrido em Santo André, no Cariri paraibano, envolvendo
a União de Escolas Superiores da (Funeso) de Olinda PE. Foram lesados com a promessa
do Diploma em Pedagogia, 22 alunos, que ingressaram na instituição em 2013. A
Funeso chegou a Santo André por intermédio de Naedja Morais, que é da cidade e
trabalha para a instituição de ensino.
A secretária Municipal de educação
a época era Cristiane Alves, que atualmente é vereadora em Santo André pelo
MDB. Cristiane era coordenadora do curso de pedagogia e acomodou os alunos nas
dependências da Escola Municipal Fenelon Medeiros. O curso teve duração de
quatro anos e as aulas aconteciam duas vezes por mês aos domingos das 8 às 15
horas. Os valores das mensalidades eram de R$ 200 por cursista.
Dos 22 alunos que pediram
para não serem identificados, alguns dão aulas na rede Municipal e o não
reconhecimento do diploma por parte do MEC, tem preocupado muitos deles. Além de
enganados os clientes tiveram prejuízos financeiros de mais ou menos R$ 10 mil
cada um, além de se sentirem envergonhados por terem caído no golpe.
De acordo com a portaria de
número 907, de 24 de dezembro de 2018, publicada no Diário Oficial da União em
26 de dezembro do mesmo ano, o MEC aplicou a punibilidade de descredenciamento
da Funeso, determinando a “vedação de ingresso de novos estudantes e a “entrega
de registros e documentos acadêmicos aos estudantes no prazo máximo de seis
meses”, dentre outras sanções”.
A reportagem manteve contato
com a ex-secretária e atual vereadora, no último domingo e se colocou a
disposição para ouvir a versão de Cristiane, mas a mesma não respondeu as mensagens
até o fechamento da reportagem, mesmo assim, a redação deixa o espaço aberto caso
a mesma queira se pronunciar. Já a funcionária Naédja Morais responsável por
levar a Funeso a Santo André, manteve contato com o portal para dar sua versão
sobre o caso.
Naédja Morais enviou uma nota explicando a situação, confiram na íntegra:
“Amigos(as) alunos(a):
Gostaria de comunicar a todos vocês que diante da delicada situação em torno da
expedição dos diplomas, todos podem
contar comigo. Se necessário agiremos por meio administrativo ou até judicial e
nenhum(a) aluno(a) será prejudicado(a). Peço que vocês compreendam que sou apenas uma
funcionária e igualmente a todos vocês, até aqui, também estou profundamente
surpresa com a falta de atitude da empresa.
Se eu tivesse autonomia para
expedir diplomas, certamente nada disso estaria acontecendo. Temos que focar
agora na busca de uma SOLUÇÃO. Mesmo não sendo a proprietária/diretora da
empresa, estou sensível ao problema de cada um e me coloco à disposição para
tentar resolver. Importante dizer que os verdadeiros “responsáveis” pela
empresa simplesmente não atendem mais minhas ligações, nem respondem mensagens.
Anteriormente, as respostas
que eu repassava para vocês alunos (as), eram as respostas dadas pelo jurídico
da empresa. Estarei acionando a justiça para garantir os meus direitos
trabalhistas, acabei descobrindo que além do meu salário, a empresa também não
está cumprindo várias obrigações/contribuições sociais.
Independente de qualquer
coisa, estarei aqui para tentar ajudar a todos no que for possível. Apesar de
jovem, tenho uma vida limpa e uma história de compromisso moral e ética em tudo
o que faço. Diante de todos os recentes episódios, por mais desagradáveis que
sejam para todos nós, mantenham a minha integridade e a minha dignidade
profissional. “Conto com a compreensão de todos (as) e recebam igualmente a
minha mais irrestrita solidariedade”.
REDAÇÃO
COM VITRINE DO CARIRI E HELENO LIMA
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