quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Mais de 20 alunos foram enganados com Diplomas falsos de graduação


Após reportagem exibida no domingo (27) pelo Fantástico da rede Globo com relação às instituições de ensino superiores fajutas que ofereciam Diplomas de graduação (falsos) para pessoas em estados nordestinos e que não são reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).  O IDERC também foi citado pelo Fantástico, ao todo são mais de 20 mil alunos prejudicados em todo o Brasil.

A reportagem recebeu denúncias de um caso idêntico ocorrido em Santo André, no Cariri paraibano, envolvendo a União de Escolas Superiores da (Funeso) de Olinda PE. Foram lesados com a promessa do Diploma em Pedagogia, 22 alunos, que ingressaram na instituição em 2013. A Funeso chegou a Santo André por intermédio de Naedja Morais, que é da cidade e trabalha para a instituição de ensino.

A secretária Municipal de educação a época era Cristiane Alves, que atualmente é vereadora em Santo André pelo MDB. Cristiane era coordenadora do curso de pedagogia e acomodou os alunos nas dependências da Escola Municipal Fenelon Medeiros. O curso teve duração de quatro anos e as aulas aconteciam duas vezes por mês aos domingos das 8 às 15 horas. Os valores das mensalidades eram de R$ 200 por cursista.

Dos 22 alunos que pediram para não serem identificados, alguns dão aulas na rede Municipal e o não reconhecimento do diploma por parte do MEC, tem preocupado muitos deles. Além de enganados os clientes tiveram prejuízos financeiros de mais ou menos R$ 10 mil cada um, além de se sentirem envergonhados por terem caído no golpe.

De acordo com a portaria de número 907, de 24 de dezembro de 2018, publicada no Diário Oficial da União em 26 de dezembro do mesmo ano, o MEC aplicou a punibilidade de descredenciamento da Funeso, determinando a “vedação de ingresso de novos estudantes e a “entrega de registros e documentos acadêmicos aos estudantes no prazo máximo de seis meses”, dentre outras sanções”.

A reportagem manteve contato com a ex-secretária e atual vereadora, no último domingo e se colocou a disposição para ouvir a versão de Cristiane, mas a mesma não respondeu as mensagens até o fechamento da reportagem, mesmo assim, a redação deixa o espaço aberto caso a mesma queira se pronunciar. Já a funcionária Naédja Morais responsável por levar a Funeso a Santo André, manteve contato com o portal para dar sua versão sobre o caso.

Naédja Morais enviou uma nota explicando a situação, confiram na íntegra:

“Amigos(as) alunos(a): Gostaria de comunicar a todos vocês que diante da delicada situação em torno da expedição  dos diplomas, todos podem contar comigo. Se necessário agiremos por meio administrativo ou até judicial e nenhum(a) aluno(a) será prejudicado(a). Peço que  vocês compreendam que sou apenas uma funcionária e igualmente a todos vocês, até aqui, também estou profundamente surpresa com a falta de atitude da empresa.

Se eu tivesse autonomia para expedir diplomas, certamente nada disso estaria acontecendo. Temos que focar agora na busca de uma SOLUÇÃO. Mesmo não sendo a proprietária/diretora da empresa, estou sensível ao problema de cada um e me coloco à disposição para tentar resolver. Importante dizer que os verdadeiros “responsáveis” pela empresa simplesmente não atendem mais minhas ligações, nem respondem mensagens.

Anteriormente, as respostas que eu repassava para vocês alunos (as), eram as respostas dadas pelo jurídico da empresa. Estarei acionando a justiça para garantir os meus direitos trabalhistas, acabei descobrindo que além do meu salário, a empresa também não está cumprindo várias obrigações/contribuições sociais.

Independente de qualquer coisa, estarei aqui para tentar ajudar a todos no que for possível. Apesar de jovem, tenho uma vida limpa e uma história de compromisso moral e ética em tudo o que faço. Diante de todos os recentes episódios, por mais desagradáveis que sejam para todos nós, mantenham a minha integridade e a minha dignidade profissional. “Conto com a compreensão de todos (as) e recebam igualmente a minha mais irrestrita solidariedade”. 

REDAÇÃO COM VITRINE DO CARIRI E HELENO LIMA

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