A promotora da Infância
Infracional, Ivete Arruda, que acompanha as investigações de estupro contra
crianças dentro da escola Geo Tambaú, em João Pessoa, contou, ao Jornal
CORREIO, que os adolescentes suspeitos negam os atos, mas foi taxativa: “as
vítimas não criariam algo com tantos detalhes e com tanta assertividade”.
Quando o caso veio à tona,
na segunda-feira (11), a polícia confirmava a existência de apenas uma vítima.
O número oficial subiu para dois e autoridades ainda apuram mais denúncias.
Durante a fase de depoimentos, no ano passado, início das investigações, todos
os adolescentes negaram as acusações.
“Eles dizem que isso é
mentira, que é invenção das vítimas. Mas sabemos que uma criança de oito anos
não criaria algo com tanto detalhes e com tanta assertividade. O relato das
vítimas é de muita valia. A criança tem a inocência e a verdade, principalmente
em um relato com detalhes e repetido de forma tão fiel, por várias vezes”,
cravou Ivete Arruda.
A promotora destacou que
chamou atenção o fato de os adolescentes suspeitos não aparentarem perfil de
pessoas violentas. “Eles têm pais presentes e não há relatos de desestrutura
familiar ou algo que indique a tendência ao crime”, observou.
Quatro adolescentes e um
ex-funcionário da escola são apontados como responsáveis pela violência contra
as crianças. Três jovens foram apreendidos, enquanto o quarto suspeito segue
foragido. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) pediu a prisão preventiva do
adulto e aguarda decisão da Justiça.
Portal
Correio com Ainoã Geminiano do Jornal CORREIO.
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