PROFESSORA MARLENE LUIZ DE HOLANDA (DOCA) |
FOTO DE THADEU FILMAGENS PROFESSOR DANTE ALIGIERE |
A professora Maria Marlene Luiz de Holanda (Doca) e o professor Dante Aligieri funcionários pró tempores da Escola Estadual Pedro Terto da Cunha em Cacimbas interior do sertão da Paraíba, esta semana foram surpreendidos com a notícia de suas demissões.
Aligiere era professor da instituição há sete anos, já a professora Doca este ano completaria 19 anos. A notícia desagradou familiares e vários alunos e ex-alunos de ambos os funcionários que segundo eles, acreditam que suas demissões se deve a perseguição por discordar das ideologias políticas do grupo administrador da referida escola.
A professora contou que desde que os novos gestores assumiram a escola passaram a perseguir e humilhar os funcionários que não os segue politicamente. Ela disse ainda que a prioridade não é a educação dos alunos e sim a “politicagem” realizada por líderes autoritários e despreparados visando a obtenção de votos em favor próprio ou de um grupo específico.
“Antes da minha demissão fui humilhada diversas vezes e constrangida a o ponto de chorar na frente de meus colegas, foi uma verdadeira tortura psicológica para ceder à pressão dos políticos da oposição, sempre procurei fazer o melhor e hoje me sinto desrespeitada por um grupo que se julga preparados para governar com justiça social, isso não passa de hipocrisia e a população precisa saber”, desabafou a educadora.
Alunos da cidade de Desterro onde Doca trabalha há 32 anos se mostrarem solidários e encaminharam mensagens de apoio à professora assim que souberam da notícia. Ela também é funcionária em Cacimbas na rede municipal de ensino e de acordo com os administradores municipais é uma professora exemplar.
De acordo com um professor que preferiu não se identificar para não sofrer represália, as ordens são impostas e se vive uma falsa democracia, nos últimos meses foram dispensados da Escola Estadual de Cacimbas cerca de oito funcionários e outros são ameaçados constantemente e por isso estão desesperados temendo serem demitidos a qualquer momento.
“Há uma incoerência muito grande a o que prega o governador do Estado que promete em seus discursos governar para todos independentemente de lado partidário, porém quem está afrente de um cargo se julga dono do poder”, concluiu o professor.
Por: Olavo Silva
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