A Associação da Indústria
Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) disse nesta quinta-feira (16), em João
Pessoa, que remédios falsos podem conter pó de giz, cera de chão, tinta de
asfalto, cimento, pó de tijolo, tinta de parede, graxa para sapatos, ácido
bórico e até arsênico.
A informação foi repassada
durante o workshop 'Combate à Falsificação de Medicamentos', promovido pelo
Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba
(MP-Procon), no auditório procurador de Justiça Edigardo Ferreira Soares, no
edifício sede do MPPB.A representante da Interfarma disse no evento que esses
matérias podem ser achados em remédios falsos comercializados em todo o mundo,
inclusive no Brasil.
“Esse produtos nocivos à
saúde, utilizados como se fossem ingredientes, são encontrados em diversos
medicamentos aprendidos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil”,
revelou Tammy Dias, informando que na América Latina o país apontado com o
maior número de laboratórios clandestinos de medicamentos é a Colômbia. “É um
crime altamente lucrativo”, ressalta ela, acrescentando: “A falsificação de
medicamentos é mais lucrativa do que a fabricação de drogas”.
Para dificultar as
falsificações, os laboratórios têm desenvolvido itens de segurança, como lacres
especiais, selos holográficos, tintas reativas (a raspadinha), colas especiais
utilizada pela indústria farmacêutica nas embalagens. “Todo laboratório tem um
departamento especializado para desenvolver itens de segurança. Temos que
tentar estar um passo à frente dos falsificadores”, revelou a farmacêutica e
consultora do Laboratório Lilly, Janaína Thomal. “Por segurança, temos mudado
as embalagens dos medicamentos a cada três anos. É uma corrida de gato e rato”.
O Laboratório Lilly é o
fabricante do medicamento campeão de falsificações no Brasil: o Ciallis, para
disfunção eréctil. “Só para este medicamento, desenvolvemos 22 itens de
segurança. Alguns desses itens nós divulgamos para que o consumidor possa
identificar a falsificação. Outros são ocultos e não divulgamos, para que nós
possamos identificar quando recebemos amostras para análises”, explicou Janaína
Thomal.
FONTE:
VITRINE DO CARIRI
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