quinta-feira, 16 de julho de 2015

Crime: Associação diz que remédios falsos podem ter giz, tinta e até cimento

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) disse nesta quinta-feira (16), em João Pessoa, que remédios falsos podem conter pó de giz, cera de chão, tinta de asfalto, cimento, pó de tijolo, tinta de parede, graxa para sapatos, ácido bórico e até arsênico.

A informação foi repassada durante o workshop 'Combate à Falsificação de Medicamentos', promovido pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público da Paraíba (MP-Procon), no auditório procurador de Justiça Edigardo Ferreira Soares, no edifício sede do MPPB.A representante da Interfarma disse no evento que esses matérias podem ser achados em remédios falsos comercializados em todo o mundo, inclusive no Brasil.

“Esse produtos nocivos à saúde, utilizados como se fossem ingredientes, são encontrados em diversos medicamentos aprendidos em várias partes do mundo, inclusive no Brasil”, revelou Tammy Dias, informando que na América Latina o país apontado com o maior número de laboratórios clandestinos de medicamentos é a Colômbia. “É um crime altamente lucrativo”, ressalta ela, acrescentando: “A falsificação de medicamentos é mais lucrativa do que a fabricação de drogas”.

Para dificultar as falsificações, os laboratórios têm desenvolvido itens de segurança, como lacres especiais, selos holográficos, tintas reativas (a raspadinha), colas especiais utilizada pela indústria farmacêutica nas embalagens. “Todo laboratório tem um departamento especializado para desenvolver itens de segurança. Temos que tentar estar um passo à frente dos falsificadores”, revelou a farmacêutica e consultora do Laboratório Lilly, Janaína Thomal. “Por segurança, temos mudado as embalagens dos medicamentos a cada três anos. É uma corrida de gato e rato”.

O Laboratório Lilly é o fabricante do medicamento campeão de falsificações no Brasil: o Ciallis, para disfunção eréctil. “Só para este medicamento, desenvolvemos 22 itens de segurança. Alguns desses itens nós divulgamos para que o consumidor possa identificar a falsificação. Outros são ocultos e não divulgamos, para que nós possamos identificar quando recebemos amostras para análises”, explicou Janaína Thomal.

FONTE: VITRINE DO CARIRI

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