Apesar
das campanhas de esclarecimento à população, o número de pessoas com Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida (Aids) cresce na Paraíba. Dados do Ministério da
Saúde mostram que, em 2009, havia 265 pessoas com a doença no Estado,
quantitativo que subiu para 312 casos, no ano seguinte, chegou a 118 no ano
passado. Já no primeiro semestre deste ano, foram detectadas 152 pessoas com
Aids na Paraíba, sendo a maioria homens.
Segundo
a Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids, da Secretaria
Estadual de Saúde, (DST/Aids), ainda não há um estudo específico que constate o
principal motivo do aumento no número de Aids na Paraíba.
Contudo,
entre as pessoas acometidas da doença cresce a presença das mulheres. “A gente
observa que principalmente o número de mulheres com a doença está aumentando.
As gestantes fazem parte de um grupo de risco e por isso estamos realizando
treinamentos com profissionais que trabalham em Programas de Saúde da Família,
com o objetivo de evitar que a criança adquira a doença ao nascer”, declarou a
assistente social do DST/Aids, Maílza de Oliveira.
Para
receber a assistência médica, a população também pode procurar os Serviços de
Atendimento Especializado (SAE) e os hospitais universitários. Já os testes
rápidos para identificar o vírus HIV podem ser feitos em centros ou postos de
saúde.
Os
dados estaduais foram registrados pelo Sistema de Informações de Agravos de
Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. De janeiro a 30 de junho deste
ano, o Sinan revelou a existência de 152 casos da doença na Paraíba, sendo que
112 em homens e 40, em mulheres. O levantamento do Sinan também mostra que a
taxa de incidência de Aids na Paraíba subiu de 7 casos para cada 100 mil
habitantes, em 2009, para 8,3, em 2010.
A
Organização Não Governamental Rede Nacional de Pessoas Vivendo e Convivendo com
HIV/Aids, que possui sua única sede paraibana em Campina Grande, informou que o
crescimento no número de casos é evidente. Segundo o presidente da ONG,
Silvestre Maia, a unidade recebe pacientes de muitos municípios paraibanos,
inclusive de outros estados vizinhos, a maioria formada por pessoas carentes.
“Hoje
nós recebemos 400 pessoas que precisam vir fazer o tratamento em Campina
Grande. O que observamos é que além do crescimento no número de pessoas
portadoras da doença em geral, há um aumento no número de mulheres. Hoje, de
cada 100 pessoas portadoras da doença, 40 são do sexo feminino na Paraíba”,
explicou. Ele informou que a ONG funciona como um abrigo para pacientes de
outros municípios, oferecendo alimentação, além de serviços psicossocial e
jurídico. O núcleo funciona na Rua Dom Pedro I, no São José.
De
acordo com a assistente social do DST/Aids, a população também pode procurar os
SAE localizados em João Pessoa, Campina Grande, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e
Patos para receber. Além desses locais, os hospitais universitários (Lauro
Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba, e Alcides Carneiro, da
Universidade Federal da Campina Grande) e as secretarias municipais de saúde,
realizam também atendimentos e encaminhamentos.
Isabela Alencar - JP
Online
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