Após um ano sem o registro
de casos de sarampo, a circulação endêmica do vírus da doença foi considerada
interrompida no país, conforme informou hoje (26) a Organização Pan-Americana
de Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS).
De acordo com Ministério da
Saúde, a expectativa é que, até o fim de 2016, o Brasil receba o certificado de
eliminação do sarampo pela OMS. O documento reconhece a eliminação da
transmissão da doença em todo o continente americano. A região será a primeira
do mundo onde isso acontece. Em 2015, a rubéola também foi considerada
eliminada.
Os últimos casos de sarampo
no país foram registrados em julho do ano passado, em um surto de sarampo no
Ceará. Na ocasião, a OpasOMS investiu R$ 1,2 milhão para apoiar os custos de
ações para controle do surto e no recrutamento de 165 enfermeiros e auxiliares
de enfermagem.
Mapeamento
Segundo a organização, os
profissionais participaram do mapeamento das regiões com maior transmissão de
sarampo. A iniciativa permitiu que a vacinação fosse feita tanto em unidades
básicas de Saúde quanto nas casas das pessoas que viviam em áreas de maior
circulação do vírus causador da doença. O sarampo é normalmente
transmitido por meio do ar e do contato direto.
O agente infeccioso é um vírus
que infecta as membranas mucosas e, em seguida, se espalha por todo o corpo,
causando uma doença grave e altamente contagiosa. Atualmente, a doença é
considerada uma das principais causas de morte entre as crianças no mundo.
Aproximadamente 114,9 mil pessoas morreram em consequência dessa doença em
2014, principalmente as menores de 5 anos de idade, o que corresponde a 314
óbitos por dia ou 13 por hora.
Rio 2016
Com a proximidade dos Jogos
Olímpicos do Rio, a Opas destacou a importância de os turistas e atletas se
vacinarem contra sarampo e rubéola pelo menos duas semanas antes de viajar. A
Olimpíada acontecerá entre os dias 5 e 21 de agosto no Rio de Janeiro, seguidas
da Paralimpíada, de 7 a 18 de setembro.
Agência
Brasil
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