O deputado cassado e
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso em
Brasília nesta quarta-feira (19). A prisão preventiva – ou seja, por tempo
indeterminado – de Cunha foi decretada nesta terça-feira (18) pelo juiz federal
Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da
Justiça.
A Polícia Federal (PF)
confirmou a prisão preventiva e informou que Cunha está sendo levado para o
hangar da PF no Aeroporto de Brasília para embarcar para Curitiba, onde estão
sendo conduzidas as investigações. A previsão é de que Cunha chegue entre 17h e
18h à capital do Paraná.
O peemedebista perdeu o
mandato de deputado federal no dia 12 de setembro, após ser cassado pelo
plenário da Câmara. Com a perda do mandato, ele perdeu o foro privilegiado, que
é o direito de ser processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os procuradores sustentaram
que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à
ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da
disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade
(Cunha é italiano e brasileiro).
A prisão foi decretada na
ação penal em que o ex-presidente da Câmara dos Deputados responde por
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em fatos
relacionados à aquisição de um campo exploratório de petróleo em Benin, na
África, pela Petrobras, no ano de 2011.
Segundo o MPF, Cunha recebeu
US$ 1,5 milhão de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto
Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta secreta do ex-deputado
federal na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde
agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal
Criminal desde junho de 2016.
Na mesma ação penal foram
denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira,
empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz,
esposa de Cunha, que é acusada de utilizar uma conta em seu nome para ocultar a
existência dos valores.
Fonte: ig.com.br/brasil
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