O ministro do Supremo
Tribunal Federal Gilmar Mendes determinou quebra do sigilo de dados do Banco
Rural. A decisão vale para um inquérito que apura suposta participação do
presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), em uma suposta maquiagem
de dados para esconder a existência do mensalão tucano durante a apuração da
CPI que investigou o mensalão do PT. A decisão foi publicada nesta
segunda-feira (17).
O inquérito se baseia na
delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (MS). Segundo Delcídio,
os dados fornecidos pelo extinto Banco Rural à CPI dos Correios atingiriam o
senador Aécio Neves “em cheio” se não tivessem sido “maquiados” pela instituição
financeira. De acordo com a assessoria do senador Aécio Neves, “as citações [de
Delcídio] são absurdas e totalmente descabidas, o que restará comprovado ao
final das investigações que contam com todo o
apoio do PSDB”.
Na mesma decisão, Gilmar
Mendes autorizou, ainda, que sejam utilizadas informações bancárias entregues
pelo banco Rural à CPI. O ministro pediu também que o Banco Central envie
documentos que possam ajudar a esclarecer o episódio. Além disso, o ministro do
STF autorizou nova coleta de provas, atendendo a um pedido da Procuradoria
Geral da República.
Gilmar Mendes também
autorizou que a Polícia Federal analise vídeos sobre a suposta retirada de
documentos da comissão. O inquérito se baseia na delação premiada do senador cassado
Delcídio do Amaral (MS). Segundo Delcídio, os dados fornecidos pelo extinto
Banco Rural à CPI dos Correios atingiriam o senador Aécio Neves “em cheio” se
não tivessem sido “maquiados” pela instituição financeira.
Em seu depoimento, Delcídio
disse que, quando a CPI dos Correios autorizou a quebra de sigilo de pessoas e
empresas, entre elas o Banco Rural, surgiu “certo incômodo” por parte do PSDB,
incluindo o então governador Aécio Neves. Ainda segundo Delcídio,
Aécio enviou emissários à CPI para que o prazo de entrega das quebras de sigilo
fosse “delongado”, sob a justificativa de que não haveria tempo hábil para
preparar as respostas à comissão.
Conforme o senador cassado,
essa “maquiagem” teria consistido em apagar informações “comprometedoras” que
envolviam Aécio Neves. Á época da veiculação do conteúdo da delação premiada de
Delcídio do Amaral, a assessoria de Aécio divulgou uma nota à imprensa na qual
afirmou que as citações ao nome dele eram “mentirosas” e “que não se sustentam
na realidade e se referem apenas a ‘ouvir dizer’ de terceiros”.
Fonte:
Do G1
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