O ministro da Educação,
Mendonça Filho, confirmou nesta terça-feira (17) que o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) não servirá mais como meio para se obter uma certificação de
conclusão do ensino médio.
“A notícia deve ser oficializada amanhã (18),
a separação do Enem em relação ao Encceja [Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos]”, disse Mendonça Filho após sair de uma
reunião com a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Segundo o ministro, o
Encceja, que já é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) todos os anos como meio de certificação de
conclusão do Ensino Fundamental, será ampliado para servir também como
certificação do Ensino Médio já a partir do segundo semestre deste ano.
"O Enem não servirá
como instrumento de certificação e conclusão de Ensino Médio e sim como instrumento
de acesso ao ensino superior... [pois] termina exigindo de um jovem ou de
adulto que queira a certificação no ensino médio mais do que seria necessário,
é uma imposição de um ônus, de ter que ter um conhecimento a mais, para aqueles
que só querem ter uma certificação no Ensino Médio", disse Mendonça Filho.
A provável exclusão do
certificado de conclusão do ensino médio do Enem havia sido antecipada pela
presidente do Inep, Maria Inês Fini, em novembro. Outra possível alteração
seria a exclusão de treineiros, aqueles que fazem a prova só para testar
conhecimentos. Uma consulta pública será
lançada nesta quarta-feira (18) a respeito de outras alterações no Enem, com o
objetivo de adequar o exame à reforma no Ensino Médio, ainda em discussão no
Congresso Nacional. Mendonça Filho dará entrevista coletiva sobre o assunto às
11hs de quarta-feira.
O motivo da ida de Mendonça
Filho ao STF foi para firmar com Cármen Lúcia um contrato que oficializa o
fornecimento de 20 mil livros para a implantação de bibliotecas em 40
penitenciárias. Segundo o ministro da Educação, a primeira unidade contemplada
deverá ser uma penitenciária feminina em Minas Gerais, na próxima quinta-feira,
em solenidade com a presença de Cármen Lúcia, embora a agenda não tenha sido
confirmada pela assessoria do STF.
A parceria já vinha sendo
discutida desde novembro, mas a oficialização da medida se deu somente nesta
terça-feira, servindo também como um anúncio positivo em meio a uma das maiores
crises já vividas pelo sistema carcerário nacional. Desde o início do ano, ao
menos 127 presos foram assassinados durante rebeliões em unidades prisionais do
Amazonas, de Roraima e do Rio Grande do Norte, estados que convivem com uma
disputa entre facções pelo controle das prisões.
Fonte:
Portal Correio com Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário