O deputado Luiz Couto (PT-PB) comentou na segunda-feira
(29/10), do plenário da Câmara Federal, a reportagem sobre turismo sexual
veiculada no programa Fantástico, da Rede Globo, que mostrou a exploração
sexualmente de jovens e adolescentes na favela da Rocinha, Rio de Janeiro.
“A matéria chama atenção para dois fatos importantes. Um
é que o cabeleireiro Demian Alves Lopes, 24 anos, apontado como principal
aliciador, falou ao telefone com uma amiga, que se encontra presa, e explicou
as mudanças ocorridas na Rocinha após a instalação da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP). Outro é que uma das meninas ligou para a mãe avisando do
programa e prometendo enviar uma quantia de 50 reais”.
Luiz Couto disse que o Demian negociava o preço das
vítimas e depois de acertar o valor recebia a parte dele. Todavia, continuou:
“o mais lamentável é que muitas vezes as mães das meninas são as principais
ajudantes do crime”.
O parlamentar lembrou que durante anos o seu mandato tem
dado atenção especial ao enfrentamento da exploração sexual infanto-juvenil,
participando de atividades e estimulando as pessoas a denunciarem esse e outros
tipos de violência, bem como lutando para a implantação de políticas públicas
“que sejam capazes de combater esta chaga que atinge principalmente crianças e
adolescentes vindas da população mais pobre e vulnerável”.
Couto ressaltou que, na Câmara, tem apresentado
mecanismos contra crimes de exploração, mas ainda falta romper o código de
silêncio que cerca esta realidade “que expressa às consequências mais cruéis do
sistema de exploração, baseado no lucro e alimentado pela indiferença da
maioria e cúmplice da cultura da impunidade”.
“Os trabalhadores, o povo, a juventude e suas
organizações de classe devem incorporar esta luta às suas lutas cotidianas
contra a exploração, e combater estas formas de violência que atingem milhares
de crianças e adolescentes em todo país”, sugeriu Luiz Couto.
Do
Política PB com Assessoria