O sorotipo 4 da dengue (DENV 4), já isolado em João
Pessoa, também foi encontrado em Lucena e Cabedelo. Para a Vigilância Ambiental
da Secretaria de Estado da Saúde (SES) o sorotipo estar circulando em toda a
Paraíba e, como a maioria da população ainda não teve contato com ele, aumenta
as chances de acontecer uma epidemia no Estado.
Atualmente, o DENV 4, encontrado primeiramente na região
Norte, circula em praticamente todo o Brasil, e só não foi isolado em Rondônia
e no Paraná. Com a proximidade do Verão – época propícia à proliferação do
mosquito transmissor da dengue – a Vigilância Ambiental estadual alerta à
população e aos municípios que intensifiquem as ações de controle do
vetor.
Apesar de o sorotipo 4 ter sido isolado apenas cidades da
Grande João Pessoa, a gerente operacional de Vigilância Ambiental da SES,
Djanira Lucena, explicou que a vigilância trabalha como se ele já estivesse
circulando por todo o Estado por causa grande circulação de pessoas que passam
por João Pessoa. “O sorotipo 4 já foi encontrado nos Estados vizinhos e em João
Pessoa. Se está aqui, com certeza deve estar em outras cidades, porque na
Capital há grande circulação de pessoas de toda a Paraíba”, analisou. Djanira
alerta do perigo de uma epidemia da doença na Paraíba se a população do
mosquito não for controlada.
Ela destaca que, para controlar o problema, é preciso
participação da sociedade civil e pública com o objetivo de acabar com os criadouros
do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. “Cada município deve
fazer o plano de controle para o Verão, com estratégicas locais, e solicitar o
apoio necessário para combater o vetor e acabar com os criadouros do mosquito.
Nós fizemos o alerta dos perigos da doença e da importância da vigilância
constante”, afirmou. Com uma epidemia, Djanira acredita que ocasionaria uma
sobrecarga nas unidades de saúde.
A gerente disse que as vigilâncias ambientais devem se
preparar para enfrentar a doença no próximo ano, principalmente no Verão. “O
sucesso de diminuir ou pelo menos manter o número esperado de notificações no
próximo ano depende do comprometimento de todos, não apenas dos órgãos
públicos, mas de toda a população. Trabalhar com o controle da dengue é muito
complexo. Por isso precisamos da conscientização de todos que a dengue não é
uma doença simples, muito pelo contrário, a dengue mata”, alertou.
Por
Jornal Correio
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