Os agricultores sertanejos
estão reclamando do aumento do preço da saca do milho, comercializados pela
CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento. Os agricultores pagavam R$ 23.00
(vinte e três reais) pela saca, e agora precisam desembolsar R$ 36.41 (trinta e
seis reais e quarenta e um centavos).
Nesta terça-feira, o
veterinário Marconi Palmeira, participou ao vivo do programa Espinharas
Notícias da Rádio Espinharas, levando ao ar a insatisfação dos agricultores e
informando o cronograma de distribuição para região de Patos. Também neste
mesmo dia (27/01), o Jornal da Paraíba trouxe a notícia do aumento e a
insatisfação do presidente da FETAG, Caboclinho.
O
corte do subsídio do Governo Federal, faz a saca do milho subir 73,38% na Paraíba
Com a retirada do apoio do
governo federal, o preço da saca de milho subiu 73,38% na Paraíba, passando de
R$ 21,00 para R$ 36,41 neste mês. O aumento deve ter impacto direto no
orçamento de 25 mil pequenos produtores paraibanos cadastrados, segundo
informou o superintendente da Conab na Paraíba (Companhia Nacional de
Abastecimento), Gustavo Lima.
Apesar do forte aumento no
milho aos pequenos produtores que já enfrentam três anos de seca, o
superintendente afirmou que o preço oferecido pela Conab ainda é competitivo. A
saca de 60 kg vendida no mercado custa entre R$ 40,00 a R$ 45,00. Para Gustavo
Lima, a medida do governo de retirar o subsídio deve ser analisada dentro do
atual contexto econômico do país.
“Foi uma medida do programa
econômico do governo. O ministro Joaquim Levy vem fazendo várias alterações nos
programas do governo e esse já não tinha uma procura muito grande”, explicou. Ele
conseguiu, ainda, enxergar vantagens com o fim do subsídio. “Acredito que quem depende
efetivamente desse milho ainda vai ser beneficiado, e o novo preço evita os
desvios de finalidade do programa. Às vezes acontecia de a pessoa vir comprar o
milho para revender mais caro, e não para beneficiar a ração”, contou ele.
O objetivo do programa é
auxiliar pequenos criadores de aves, suínos, caprinos e micro agroindústrias de
beneficiamento e produção de ração para que tenham acesso de forma mais barata a
o milho para a ração animal. Gustavo Lima admitiu que
ainda não é possível verificar o impacto dos novos preços, até porque as vendas
em João Pessoa ainda nem começaram. “Estamos com milho em Patos e Monteiro. O
de João Pessoa ainda vai chegar essa semana”, disse. Para ele, ainda será
preciso esperar pelo menos dois meses antes de avaliar o impacto.
O presidente da Federação
dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino
Ferreira, afirmou que sem a ajuda de R$ 15,00 do governo federal na compra do
milho vai ser impossível o rebanho resistir, caso 2015 registre mais uma estiagem.
Segundo a Fetag, com três anos de seca, os pequenos e médios agricultores
perderam mais de 50% dos caprinos, bovinos e ovinos. Em tom de desabafo, o
presidente da Fetag da Paraíba, criticou a atitude da Presidente Dilma Roussef.
Patosonline/
Jornal da Paraíba.
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