O clima é tenso dentro da
Maternidade Dr. Peregrino Filho na cidade de Patos. Alguns funcionários
procuraram de forma sigilosa a reportagem para denunciar atrasos nos salários,
assédio moral e greve branca dos médicos que estão sem pagamento dos vencimentos
desde novembro de 2014. Uma grande parte dos funcionários não receberam os
salários referentes a dezembro.
Os funcionários também
denunciam descumprimento de leis trabalhistas, pois estão sem descanso durante
a jornada de trabalho. “Retiraram o nosso repouso. Só quem pode repousar são os
médicos. Por lei nós devemos descansar, pelo menos, uma hora para cada seis
trabalhadas, mas aqui não pode e se reclamar é chamado atenção e muitos são
demitidos!”, relata um funcionário que pediu sigilo do nome.
Vários médicos, de acordo
com informações, estão sem receber os salários desde novembro e devido a isso
estão realizando uma “greve branca”. Só os casos de mais urgência são
atendidos. A ideia é forçar a gestão da Maternidade Dr. Peregrino Filho, que é
administrada pela GERIR, a pagar os vencimentos atrasados.
Os trabalhadores se queixam
de um forte sistema de monitoramento através de câmeras instalado na
Maternidade. Os funcionários relatam falta de privacidade e que a pressão de
coordenadores sobre os pequenos servidores é desnecessária e causa
constrangimento nas abordagens.
A reportagem esteve na
Maternidade Dr. Peregrino Filho nesta quarta-feira, dia 14, em busca de
informações por parte da direção sobre os relatos dos funcionários. A direção
do órgão não quis falar sobre o caso e orientou a reportagem a buscar a
assessoria de comunicação que fica localizada em outra cidade do Estado da
Paraíba.
Em contato com a assessoria
de comunicação da GERIR, a reportagem foi informada que a falta de pagamento
está se dando devido ao não repasse da Secretaria de Saúde do Estado, pois todo
o processo de pagamento do Estado está paralisado devido a não votação da Lei
Orçamentária Anual (LOA) que precisa ser votada pela Assembleia Legislativa do
Estado. Em relação ao assedio moral e a falta de repouso dos servidores, a
assessoria de comunicação disse que daria um retorno sobre o caso. Jozivan
Antero – Patosoline.com
Caso
parecido no Hospital Geral de Taperoá, médicos entram em greve por falta de
pagamento
Os médicos que prestam
atendimento no Hospital Geral de Taperoá, na região do Cariri paraibano,
decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (14). O motivo é o atraso de quase
70 dias no pagamento dos salários desses profissionais. Apenas os serviços de urgência
e emergência estão sendo mantidos, os demais atendimentos são encaminhados à
cidade de Campina Grande, que fica a mais de 120 quilômetros de distância de
Taperoá.
Dessa forma, habitantes de
diversas cidades da região ficam prejudicadas, haja vista que o Hospital Geral
de Taperoá é o responsável pelo atendimento de pacientes advindos de Areia de
Baraúnas, Assunção, Cacimbas, Desterro, Juazeirinho, Junco do Seridó,
Livramento, Parari, Santo André, São José dos Cordeiros, dentre outras. A
direção do Hospital ainda não se pronunciou sobre o caso. VITRINE
DO CARIRI Com
Heleno Lima
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