O aumento do preço da energia elétrica em algumas
regiões passou dos 30%, bem acima da inflação
Com marido e dois filhos em
casa, a médica Mirela Cavalcanti já se preparou para o aumento que vai pesar no
orçamento a partir deste mês. “Nós adquirimos uma outra geladeira com uma tecnologia
mais avançada com selo do Inmetro e do Procel. E uma medida bem prática, de
baixo custo, é trocar as lâmpadas incandescentes”, comenta.
Sem toda essa economia, a
conta dela, que vinha em torno de R$800, pode chegar perto dos R$ 1 mil. Isso
porque no Maranhão, onde ela mora, o aumento autorizado pela Agência Nacional
de Energia Elétrica foi de 22,25%. O reajuste é quase três vezes acima da
inflação prevista pelo Banco Central para este ano, que é de 6,29%. Segundo a Aneel, o aumento
foi motivado pela falta de chuvas no Nordeste, no Sudeste e no Centro-Oeste, o
que prejudicou a atividade das hidrelétricas. Das 63 distribuidoras de energia,
52 já reajustaram os preços.
O custo da energia subiu
porque as usinas térmicas tiveram que ser acionadas, e essa é uma energia mais
cara. O aumento chegou com força no bolso do consumidor. Em São Paulo, O
reajuste varia de 17,9% a 35,77%. No interior do Rio Grande do Sul, 28,86%. O
Piauí teve o maior reajuste do Nordeste: 24,7%.
No Pará, os consumidores
estão assustados com o aumento de 34,41%. A dona de casa Enny Lúcia do Rosário
economizou o quanto pode. Mesmo assim, ficou surpresa quando a conta chegou.
“Quando chegou, eu chorei. Como pagar uma conta de R$ 640,80. É um absurdo”,
reclama.
Fonte:
G1
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