Com a falta de
oportunidades, somados a ausência de regras que estabeleçam alguns limites por
parte de vários pais de famílias na educação dos filhos, diversas crianças que
deveriam apresentar bons rendimentos na escola ou na sociedade da qual fazem
parte, vem apresentando comportamentos desajustados indo na contra mão, daquilo
que seria ideal para uma vida plena de paz e justiça social.
É comum nos dias de hoje,
ouvirmos de pessoas os mais diferentes tipos de explicações, talvez na
tentativa de justificar tais atos. Há quem diga que estamos vivendo uma enorme
crise de identidade com a reinvenção de novos paradigmas, outros atribui a
culpa as novas ferramentas tecnológicas que alimentam as informações midiáticas
do cotidiano, outros chegam até a afirmar que é o fim dos tempos, e assim por
diante.
Diante do dilema, uma coisa
é certa, o mundo ainda tem jeito, cuja, a solução possa está nas crianças que
são puras e consideradas o futuro da nação, mas para isto, precisa- se de cada
um de seus membros, incluído os governantes e os demais seguimentos para que
possam desenvolver medidas urgentes e eficazes na tentativa de salvar nossa
juventude que tem seus sonhos dizimados por falta de perspectivas de vida.
A solução não cai pronta do
céu como se fosse um passe de mágica, é preciso construir as possibilidades
para novos horizontes que a humanidade precisa para preencher suas necessidades
básicas, enquanto isso não acontecer, seremos obrigados a presenciar e ter que
conviver com situações desagradáveis o tempo todo, mesmo contra nossas vontades.
Dentre os principais pontos
que nos desafiam está: abandono de crianças, espancamentos, exploração da mão
de obra infantil, abuso sexual de menores, crianças na condição de pedintes,
outros praticando roubos para alimentar os vícios, no que se refere ao uso de
substâncias proibidas, como é o caso de bebidas alcoólicas, cigarros ou até
mesmo drogas ilícitas. Está na lei o direito a vida, moradia digna,
saúde, segurança, alimentação, laser, educação e respeito.
Lugares pequenos do porte do
município de Cacimbas, apesar de ser considerados pacatos com característica de
interior, já apresentam alguns casos de violência que preocupa as famílias, as
autoridades e a sociedade no geral. A noite é fácil ver crianças sem a presença
de um responsável frequentando lugares ermos ou impróprios na companhia de
outros menores, e nessa ausência de limites, acabam se envolvendo com atos de
vandalismos e outras práticas proibidas por lei.
Muitos pais de família
agindo pelo princípio da boa fé, acreditam que seus filhos estejam em boas
companhias e quando se dão conta, pode ser tarde de mais, evitar os problemas
completamente ninguém consegue, mas pode se contribuir com a diminuição deles,
por isso nunca é de mais saber sobre as companhias dos seus infantes que nem
idade tem para responder pelos seus atos.
Com a chegada dos festejos
juninos, aumenta as preocupações dos pais e/ou responsáveis, já que os menores
costumam adquirir bombinhas e explosivos, mesmo sendo restritos à venda desses
artefatos para determinados públicos. Para piorar a situação, muitos estão se
servindo desse expediente para perturbar o sossego dos vizinhos ou até para
explodir instalações dos prédios públicos, causando prejuízos com os atos de
vandalismo.
Por conta do incômodo,
moradores, pedem mais rigor nas fiscalizações e punições severas para os
menores infratores ou para seus tutores. A atuação do Conselho Tutelar,
juntamente com a Polícia, tem sido defendida por muitos, que inclusive são
favoráveis à volta do toque de recolhimento após as 20 horas para crianças e
adolescentes, conforme havia antes.
O mês de maio é dedicado ao
combate aos abusos e exploração contra os menores, em 12 de junho, foi
celebrado o Dia Mundial de Combate ao trabalho Escravo. Não se tem ainda a
receita pronta para evitar o pior, porém com base em estudos e em experiências
bem sucedidas, pode se apostar nas práticas educacionais com as oficinas de
artes, músicas, danças, teatro, pintura, esportes, movimentos religiosos e
outros.
Por: ECOM/PMC/Imagens ilustrativas.