A partir das próximas
semanas, os bancos terão de substituir imediatamente notas falsas eventualmente
sacadas nos caixas eletrônicos ou convencionais. O Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou a obrigatoriedade para a troca de cédulas, desde que o cliente
comprove a retirada na instituição financeira.
Até agora, os bancos
costumavam substituir as cédulas, mas o prazo de troca dependia da relação da
instituição com o cliente e não era regulamentado pelo governo. De acordo com
Marcelo Cota, técnico do Banco Central (BC), a possibilidade de falsários que queiram
aproveitar-se da brecha para trocar cédulas é reduzida porque os bancos têm
meios para verificar se o cliente está cometendo fraudes.
A exigência vale apenas para
notas sacadas nos caixas eletrônicos ou presenciais. No caso de notas falsas
recebidas no comércio, o técnico do BC esclareceu que o cliente não tem direito
ao ressarcimento e é obrigado, pela legislação, a levar a cédula a qualquer
agência para que o banco retenha a nota e a envie ao Banco Central.
O CMN também determinou que
os bancos retenham as cédulas e moedas suspeitas de falsificação sob sua
custódia. Embora as instituições costumem por a medida em prática, não havia a
obrigação de que elas monitorassem a procedência das notas em suas tesourarias.
Segundo Cota, a medida estimulará que haja mais ações preventivas por parte dos
próprios bancos.
Nas próximas semanas, o
Banco Central editará uma circular para estabelecer prazos máximos para que as
instituições financeiras enviem à autoridade monetária informações sobre notas
e moedas falsas. O prazo será de 30 dias nas capitais em que o BC tem
representações e 45 dias nas demais localidades.
Atualmente não há previsão
para que as instituições encaminhem as informações ao órgão. Em alguns casos,
de acordo com o BC, os bancos levaram 180 dias para informar o recebimento de
uma nota falsa.
Para Cota, as medidas vão
permitir a diminuição da quantidade de notas falsas em circulação. O índice
caiu de 150 notas a cada 1 milhão de cédulas, em 2006, para 75 notas neste ano.
Nos Estados Unidos, o índice está em 50 notas em 1 milhão.
Agência
Brasil
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