O estudante de direito e
prestador de serviço do Fórum da cidade de Picuí, no Curimataú paraibano,
Marllon Laffit Feitosa Passos, 25 anos, foi preso acusado de extorquir uma
empresária. O acusado exigia R$ 11 mil para arquivar um processo indenizatório
contra a dona de uma funerária. Ele foi enquadrado nos crimes de tráfico de
influência, corrupção, extorsão e falsa identidade. A prisão do acusado foi
feita na última quinta-feira (11), mas a informação foi divulgada neste sábado
(13).
De acordo com João Joaldo,
delegado regional da Polícia Civil de Picuí, o estudante, que auxiliava o juiz
da cidade nas causas processuais, teve acesso ao processo em quem uma mulher
pedia R$ 150 mil de indenização por danos morais pelo constrangimento passado
após um vídeo ser divulgado pelos funcionários da funerária durante o
embalsamento do corpo de um parente dela.
“Uma pessoa gravou o
embalsamento do corpo de um homem e daí as pessoas faziam piada do morto.
Palavras de chacotas foram ditas e o vídeo foi espalhado na cidade e virou
motivo de piadas. Daí, os parentes do defunto entraram na Justiça por danos
morais”, disse o delegado.
Ao saber do valor da
indenização, de acordo com o delegado, o estudante pegou o documento e foi até
a funerária. Ao conversar com a proprietária do estabelecimento sobre o
processo, ele pediu de início R$ 22 mil para o arquivamento da causa.
Entretanto, a empresária disse que não tinha o dinheiro e o valor baixou para
R$ 11 mil. “A empresária ligou para o marido e comunicou o caso. O estudante
dizia que os R$ 11 mil seriam repartidos para o juiz, os advogados e a outra
parte. De posse da gravação, ele comunicou o caso a polícia”.
Uma viatura da Polícia
Militar foi até a funerária e deteve o acusado. Durante depoimento na delegacia,
Marllon Laffit, negou o crime e disse que estava na funerária para fazer um
contrato de compras de caixão. A versão foi desmentida pela empresária. “Eu
ouvi a gravação, e dei voz de prisão do estudante”. O juiz da cidade esteve na
delegacia e negou qualquer participação no ato ilícito.
Marllon Laffit que cursa o
10º perídio do curso de Direito em uma faculdade particular de Campina Grande
foi encaminhado para a Cadeia Pública de Picuí. A gravação do áudio será
periciada o Instituto de Polícia Científica ( IPC) de Campina Grande.
Por
Hyldo Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário