A alta no preço do tomate tem virado motivo de piada e
revolta para os consumidores do país. O alimento é o principal vilão da
inflação no país, e tem provocado muita dor de cabeça em economistas do
governo.
De acordo com dados do IBGE, enquanto a inflação oficial
subiu 6,59% no último ano, o tomate ficou 122,13% mais caro no mesmo período.
Em supermercados de São Paulo, é possível trocar um quilo de tomate pela mesma
quantidade de carne, por exemplo.
O UOL fez um levantamento no site de dois supermercados
de São Paulo que oferecem a possibilidade de realizar compras online. No Pão de
Açúcar, o quilo do tomate caqui é anunciado por R$ 13,64. Com o mesmo valor
seria possível comprar um quilo de cupim bovino (R$ 12,99), uma garrafa de
azeite português (R$ 12,73) ou um quilo de mortadela, por R$ 13,65.
No supermercado Sonda, o quilo do tomate débora é vendido
por R$ 11,98. Pelo mesmo preço seria possível comprar um caixa com 12 latas de
cerveja Antarctica (R$ 11,88), um quilo de filé de peito de frango (R$ 11,48)
ou dez quilos de abóbora (R$ 11,80).
Segundo especialistas, o clima é o grande culpado pela
alta dos preços, pois as fortes chuvas em várias regiões produtoras prejudicou
a safra. Além disso, o diesel mais caro aumentou os custos para os produtores
levarem os tomates do campo para os grandes centros consumidores do país.
Famílias
mais pobres sentem mais a alta dos preços
Para o pesquisador da área de Economia Aplicada do
Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE), André Braz, a alta no preço dos
alimentos afeta principalmente os brasileiros que ganham até 2,5 salários
mínimos.
De acordo com Braz, a expectativa é de uma safra melhor
para 2013, porém, alerta, não se pode esperar uma melhora expressiva da oferta
para itens mais básicos. Logo, reforça, não haverá recuos consideráveis nos
preços desses alimentos.
VITRINE
DO CARIRI
Uol
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