O ex-senador Ney Suassuna
(PSL) foi considerado inocente no processo que apurava o superfaturamento de
emendas parlamentares para a compra de ambulâncias, no esquema que ficou
conhecido por 'Máfia dos Sanguessugas'. No dia 29 de outubro do ano passado, o
juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, da Justiça Federal em Mato Grosso, julgou
improcedentes as denúncias feitas contra o ex-senador.
Em sua decisão, o juiz Paulo
Cézar destacou que os fortes indícios que levaram a formulação de denúncia
contra Ney Suassuna não foram convertidos em prova ou não foram corroborados
por provas contidas nos autos. O magistrado destacou que não há provas de que o
ex-senador tenha efetivamente se envolvido no esquema. “Não há nos autos, uma
só prova, por mais tênue que possa ser que me permita afirmar que esta ou
aquela conduta foi praticada pelo acusado”, frisou o juiz Paulo Cézar.
Ney Suassuna pretende ingressar
com uma ação pedindo reparação judicial pelos prejuízos decorrentes da acusação
que sofreu. “Foi uma vergonha tremenda para mim. Fui chamado de ladrão,
enfrentei tempos difíceis. Eu sofri muito, por isso, após oito anos de
investigação, a mesma autoridade que me acusou, me inocentou. Mas e os
prejuízos que tive? Os constrangimentos que enfrentei?”, questionou Ney
Suassuna.
O ex-senador revelou que
durante o período em que foi investigado, todas as suas empresas foram alvo de
fiscalização. “Além do meu imposto de renda e até de parentes e amigos”, disse
Suassuna.
LIVRO
SOBRE INJUSTIÇA
Inicialmente, dois
funcionários do ex-senador foram acusados de participar do esquema criminoso.
“Imediatamente demiti os dois e os processei”, disse Ney Suassuna. O ex-senador
ainda assegurou não conhecer qualquer integrante da família Vedoin, condenados
por serem os mentores da 'Máfia dos Sanguessugas'.
Ney Suassuna ainda agradeceu
aos paraibanos que acreditaram na sua inocência. "Estou dando uma
satisfação à Paraíba, para dizer que sou inocente. Agradeço aos que acreditaram
em mim, que estiveram ao meu lado”, disse o ex-senador. Ainda este ano, o
ex-senador pretende lançar o livro “131 dias de injustiça”, onde narra todo o
processo, desde o início das acusações.
Michele
Farias - Jornal da Paraíba
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