O presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, revelou, na noite desta
sexta-feira (22), que o rebanho estadual foi reduzido em 36% nos últimos três
anos, por conta das sucessivas estiagens.
Borba contou ainda que, desde 2012, pecuaristas vêm se desafazendo dos seus animais ou tentando cria-los em outras regiões do país, especialmente Norte e Centro Oeste. Reeleito nesta sexta para mais três anos à frente da Faepa, Borba explicou que os produtores que ainda têm condições financeiras estão sustentando seus animais com carros-pipas.
A situação se agrava ainda mais por conta da crise financeira que atravessa o país. “O produtor tem que comprar produtos inflacionados e não consegue repassar o preço na venda do rebanho. Desesperado, ele vem se desfazendo dos animais com grandes prejuízos”, afirmou.
Borba contou ainda que, desde 2012, pecuaristas vêm se desafazendo dos seus animais ou tentando cria-los em outras regiões do país, especialmente Norte e Centro Oeste. Reeleito nesta sexta para mais três anos à frente da Faepa, Borba explicou que os produtores que ainda têm condições financeiras estão sustentando seus animais com carros-pipas.
A situação se agrava ainda mais por conta da crise financeira que atravessa o país. “O produtor tem que comprar produtos inflacionados e não consegue repassar o preço na venda do rebanho. Desesperado, ele vem se desfazendo dos animais com grandes prejuízos”, afirmou.
Ele culpou a falta de
interesse do Governo Federal em ajudar o Nordeste como uma das situações que
tem prejudicado os produtores, Lembrou que em 2012, por exemplo, a saca de
milho subsidiado era repassada ao agricultor familiar por R$ 14,00; e para o
produtor de porte médio por R$ 22,00. “Este ano o Governo sequer fala em
subsidiar o milho ou outro grão. Está na hora do produtor agir”, cobrou.
Mário Borba disse que outra
situação que preocupa os criadores do interior é a falta de segurança na zona
rural. “Os bandidos chegam de caminhão, em plena madrugada, invadem as fazendas
e os sítios, colocam os donos das terras sob mira de armas e roubam todo
rebanho. Isso aconteceu em Sousa, no Sertão, onde levaram 40 reses de uma só
vez de um só produtor”, frisou. “Em São Mamede, na região de Patos, foram 15
reses”.
Segundo o presidente da
Faepa, nos últimos três há uma queda seguida no número de animais no rebanho
paraibano. “Tem produtor que chegou a perder 500 cabeças de gado, por conta da
estiagem”, conta.
Mário Borba queixou-se
também que o Conselho da SUDENE não fez uma reunião sequer há 14 meses, para
discutir a situação dos estados e municípios do Nordeste. Da mesma forma, o
Conselho do Instituto do Semiárido (Insa) há três anos não se reúne.
“A Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária (CNA), da qual sou vice-presidente, acompanha por conta
própria mais de dois mil projetos em tramitação no Congresso Nacional, que tem
interesse direto ou indireto com o nosso setor. A Sudene e o Insa estão
completamente parados”, disse.
Apesar de acreditar na
conclusão da transposição do São Francisco, Mário Borba classificou de “obra
para cada quatro anos”, numa referência aos avanços obtidos em épocas
pré-eleitorais. Ele citou casos onde o projeto parou. As bombas elevatórias para
o canal chegar até Monteiro, no Cariri paraibano, não foram adquiridas até
agora e as linhas de transmissão do Nordeste não comportam o consumo que a
transposição exigirá. A Faepa teme que com os cortes no orçamento da União, de
R$ 69,9 bilhões, anunciados nesta sexta, a obra pare de vez.
Em entrevista ao jornalista
Hermes de Luna, que apresenta o ’27 Segundos’ de terça à sexta-feira, sempre às
21h na RCTV (canal 27 da Net digital), o presidente da Faepa defendeu a
construção da Transnordestina, lembrando que só com um trem se transportariam o
equivalente a 136 carretas de uma só vez, economizando-se em frete.
FONTE:
VITRINE DO CARIRI
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