sábado, 20 de junho de 2015

Cacimbas- PB: Representantes de pais de alunos e merendeiras participam de capacitação sobre o programa cisternas nas escolas rurais

Aconteceu nos dias 17 e 18 quarta e quita feira, respectivamente, na sede da Central das Associações Comunitárias de Cacimbas e Região- CAMEC, que fica localizada no Sítio Monteiro, zona rural desta cidade, uma capacitação com as comunidades rurais da região, promovidas por membros da Ação Diocesana de Patos.

Participaram do evento, representantes de pais de alunos, merendeiras, diretores, técnica da EMATER, representante da igreja evangélica, agente comunitária de saúde e membros da sociedade civil organizada, para tratar sobre o gerenciamento de recursos hídricos nas escolas. No total, nove unidades educacionais foram contempladas com a construção de cisternas de 52 mil litros de água cada uma.

O projeto é todo financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Combate a Fome - MDA, com o apoio logístico das escolas e a contra partida da Prefeitura, que ficou encarregada de disponibilizar as máquinas e funcionários para escavar os locais dos reservatórios, fazer os reparos e melhoramentos nos telhados, promover as mobilizações para informar sobre os cuidados e gerenciamentos da água, bem como, dispor de cozinheiras para preparar os alimentos dos trabalhadores.

Vão receber as cisternas nesse primeiro momento as escolas: Raimundo Pereira do (Minador), Agostinho Justo de Souza no (São Gonçalo), Vereador Manoel de Almeida no (Distrito), José Cardoso no (Jardim), Manoel Alexandre no (Fundamento de Cima), Gonçalo Pereira (Fundamento de Baixo), Joaquim Cassiano Alves do quilombo de Serra Feia), João Heleno de Maria no (Monteiro) e Joaquim Bento de Araújo (comunidade do Flamengo), todas devem passar por seis processos.

Os participantes se mostraram interessados pelos temas abordados, onde de modo democrático, todos opinaram e refletiram sobre a degradação do solo, extinção das espécies animais, poluição e devastação da natureza. Muitas dúvidas foram esclarecidas e algumas propostas foram encaminhadas para análises. As representatividades puderam constatar a importância de se conhecer a fauna e a flora para explorar os recursos naturais de forma responsável, a fim de colaborar com o equilíbrio do planeta.

“Temos uma diversidade muito grande de plantas, animais e outros recursos, no entanto, é preciso desenvolver um novo olhar sobre as nossas potencialidades, para desfazer a visão distorcida dos povos de outras regiões que se consideram superiores e que nos trata como flagelados e miseráveis, o que é uma violência preconceituosa”, disse Rondinele.

Na ocasião tratou-se da biodiversidade brasileira, da educação contextualizada, onde foi mostrado como ocorre o ciclo da água, o processo de fotossíntese e polinização das plantas, as novas tecnologias de capitação e armazenamento da água, bem como os programas e as politicas publicas de combate e convivência com a seca no semiárido nordestino.

Os palestrantes fizeram uma retrospectiva histórica com provocações de alguns pontos que consideraram interessantes para a região. A coordenadora pedagógica Rivoneide Gonçalo agradeceu a presença do público presente e destacou a boa vontade dos participantes e a disponibilidade das entidades parceiras do projeto, sendo: ASA Brasil, Semear, Ação Social Diocesana de Patos, prefeitura e programa cisternas nas escolas do MDA.

Os ministrantes falaram dos resultados obtidos ao longo dos anos por meio do associativismo que tem uma dinâmica participativa, onde já conquistou alguns benefícios para os associados, do tipo 1 milhão de cisternas, geração de empregos e renda, melhorias da qualidade de vida e criação de novas possibilidades, a partir das construções de novos reservatórios para plantação e criação de animais, o P1+2.

O projeto chegou ao Brasil em 2001 e em 2015 já ganhou um novo formato, desta vez sendo ampliado até as escolas, com as novas tecnologias sociais. Para dinamizar os encontros foram exibidos registros fotográficos, gráficos, mapas, músicas regionais, oficinas da educação contextualizada, imagens com novas experiências desenvolvidas por outras comunidades e as fontes de financiamento do projeto.

Falou- se ainda das diversas formas de exploração do nosso território e  do nosso povo, sobretudo, os nordestinos, que foram escravizados por mecanismos empregados desde os colonizadores, coronéis, fazendeiros e políticos, através da chamada indústria da seca.

Para aquelas pessoas que se deslocaram de longas distâncias foi disponibilizado uma ajuda de custo para ajudar nas despesas da viagem. Nesta quinta (18) foi feito o encerramento da capacitação e os participantes receberam um certificado atestando sua dedicação ao curso de capacitação.


Por: SECOM/PMC- IMAGENS ILUSTRATIVAS DA INTERNET

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