Aconteceu nos dias 17 e 18
quarta e quita feira, respectivamente, na sede da Central das Associações
Comunitárias de Cacimbas e Região- CAMEC, que fica localizada no Sítio
Monteiro, zona rural desta cidade, uma capacitação com as comunidades rurais da
região, promovidas por membros da Ação Diocesana de Patos.
Participaram do evento,
representantes de pais de alunos, merendeiras, diretores, técnica da EMATER,
representante da igreja evangélica, agente comunitária de saúde e membros da
sociedade civil organizada, para tratar sobre o gerenciamento de recursos
hídricos nas escolas. No total, nove unidades educacionais foram contempladas
com a construção de cisternas de 52 mil litros de água cada uma.
O projeto é todo financiado
pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Combate a Fome - MDA, com o apoio
logístico das escolas e a contra partida da Prefeitura, que ficou encarregada
de disponibilizar as máquinas e funcionários para escavar os locais dos
reservatórios, fazer os reparos e melhoramentos nos telhados, promover as
mobilizações para informar sobre os cuidados e gerenciamentos da água, bem
como, dispor de cozinheiras para preparar os alimentos dos trabalhadores.
Vão receber as cisternas
nesse primeiro momento as escolas: Raimundo Pereira do (Minador), Agostinho
Justo de Souza no (São Gonçalo), Vereador Manoel de Almeida no (Distrito), José
Cardoso no (Jardim), Manoel Alexandre no (Fundamento de Cima), Gonçalo Pereira
(Fundamento de Baixo), Joaquim Cassiano Alves do quilombo de Serra Feia), João
Heleno de Maria no (Monteiro) e Joaquim Bento de Araújo (comunidade do
Flamengo), todas devem passar por seis processos.
Os participantes se
mostraram interessados pelos temas abordados, onde de modo democrático, todos
opinaram e refletiram sobre a degradação do solo, extinção das espécies
animais, poluição e devastação da natureza. Muitas dúvidas foram esclarecidas e
algumas propostas foram encaminhadas para análises. As representatividades
puderam constatar a importância de se conhecer a fauna e a flora para explorar
os recursos naturais de forma responsável, a fim de colaborar com o equilíbrio
do planeta.
“Temos uma diversidade muito
grande de plantas, animais e outros recursos, no entanto, é preciso desenvolver
um novo olhar sobre as nossas potencialidades, para desfazer a visão distorcida
dos povos de outras regiões que se consideram superiores e que nos trata como
flagelados e miseráveis, o que é uma violência preconceituosa”, disse
Rondinele.
Na ocasião tratou-se da
biodiversidade brasileira, da educação contextualizada, onde foi mostrado como
ocorre o ciclo da água, o processo de fotossíntese e polinização das plantas,
as novas tecnologias de capitação e armazenamento da água, bem como os
programas e as politicas publicas de combate e convivência com a seca no
semiárido nordestino.
Os palestrantes fizeram uma
retrospectiva histórica com provocações de alguns pontos que consideraram interessantes
para a região. A coordenadora pedagógica Rivoneide Gonçalo agradeceu a presença
do público presente e destacou a boa vontade dos participantes e a
disponibilidade das entidades parceiras do projeto, sendo: ASA Brasil, Semear,
Ação Social Diocesana de Patos, prefeitura e programa cisternas nas escolas do
MDA.
Os ministrantes falaram dos
resultados obtidos ao longo dos anos por meio do associativismo que tem uma
dinâmica participativa, onde já conquistou alguns benefícios para os
associados, do tipo 1 milhão de cisternas, geração de empregos e renda,
melhorias da qualidade de vida e criação de novas possibilidades, a partir das
construções de novos reservatórios para plantação e criação de animais, o P1+2.
O projeto chegou ao Brasil
em 2001 e em 2015 já ganhou um novo formato, desta vez sendo ampliado até as
escolas, com as novas tecnologias sociais. Para dinamizar os encontros foram
exibidos registros fotográficos, gráficos, mapas, músicas regionais, oficinas
da educação contextualizada, imagens com novas experiências desenvolvidas por
outras comunidades e as fontes de financiamento do projeto.
Falou- se ainda das diversas
formas de exploração do nosso território e
do nosso povo, sobretudo, os nordestinos, que foram escravizados por
mecanismos empregados desde os colonizadores, coronéis, fazendeiros e
políticos, através da chamada indústria da seca.
Para aquelas pessoas que se
deslocaram de longas distâncias foi disponibilizado uma ajuda de custo para
ajudar nas despesas da viagem. Nesta quinta (18) foi feito o encerramento da
capacitação e os participantes receberam um certificado atestando sua dedicação
ao curso de capacitação.
Por:
SECOM/PMC- IMAGENS ILUSTRATIVAS DA INTERNET
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