Quem pretende manter a
tradição de comer peixe fresco na Semana Santa deve se preparar para a variação
de preços médios, que segundo recente pesquisa divulgada pelo Procon de João
Pessoa (Procon-JP) já chega a 175% neste ano, devido ao aumento da procura. No
Mercado de Peixe de Tambaú, além da alta da demanda, problemas com o
fornecimento também devem influenciar o preço do pescado.
Segundo Gilvaneide da Silva
Barbosa, do Box 2 (São Pedro), os pescadores da costa paraibana estão voltando
do mar com um déficit de mais de 50% dos pedidos habituais. “Com essa escassez
de peixe, teremos que apelar para os frigoríficos, cujos preços são 25% mais
salgados”, afirmou a comerciante, ressaltando que essa diferença,
inevitavelmente, é repassada para o consumidor.
O problema de abastecimento
também tem repercutido entre os demais comerciantes do local, como é o caso de
Aline Alexandrino, do Box 1 (Agostinho), que projeta um percentual de acréscimo
um pouco maior do que Gilvaneide da Silva – 30% - para o preço do pescado na
Semana Santa.
“Provavelmente, o preço do
quilo da cioba inteira deve chegar a R$ 32,50”, adiantou Aline, informando que
o produto tem sido comercializado ao preço de R$ 25. No entanto, a esperança
dos vendedores é de que os preços se mantenham estáveis e que o período seja
produtivo e tranquilo como no ano passado.
Apesar dessa variação de
preços registrada pelos estudos do Procon-JP e anunciada pelos comerciantes do
Mercado de Peixe de Tambaú, há consumidores que ainda não sentiram no bolso a
variação dos preços do pescado. “Sou consumidor assíduo e não vejo essa alta de
preços que estão falando”, afirmou o advogado Marcelo Raposo, acrescentando que
o peixe faz parte de sua alimentação semanal, independente da Semana Santa. O
aumento do consumo nesta época do ano tende a impulsionar positivamente o
mercado, principalmente do peixe fresco.
No entanto, segundo o
Procon-JP, calculado pelo IBGE, o preço médio das diversas espécies subiu, em
média, 9,96%, mas alguns tipos como a tilápia dobraram de preço nos boxes do
Mercado de Peixe de Tambaú, nos últimos doze meses. O início da Quaresma aquece
as vendas de pescado.
OS INDUSTRIALIZADOS
Para o economista e
consultor de finanças pessoais Cláudio Rocha, não há como se preparar para
enfrentar o período de alta de preços dos peixes frescos. “Não existe dica
específica para fugir do aumento, devendo-se seguir as regras gerais do
consumidor que são de sempre pesquisar e pechinchar antes de comprar”, orientou
o economista, lembrando que os peixes industrializados podem ser uma boa opção
para quem deseja manter a tradição da Semana Santa e fazer economia, pois
custam em média 30% a menos que os produtos frescos.
VITRINE
DO CARIRI
JPOnline
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