quarta-feira, 26 de março de 2014

Tradição: O quilo do pescado deve ficar até 25% mais caro na Semana Santa



Quem pretende manter a tradição de comer peixe fresco na Semana Santa deve se preparar para a variação de preços médios, que segundo recente pesquisa divulgada pelo Procon de João Pessoa (Procon-JP) já chega a 175% neste ano, devido ao aumento da procura. No Mercado de Peixe de Tambaú, além da alta da demanda, problemas com o fornecimento também devem influenciar o preço do pescado.

Segundo Gilvaneide da Silva Barbosa, do Box 2 (São Pedro), os pescadores da costa paraibana estão voltando do mar com um déficit de mais de 50% dos pedidos habituais. “Com essa escassez de peixe, teremos que apelar para os frigoríficos, cujos preços são 25% mais salgados”, afirmou a comerciante, ressaltando que essa diferença, inevitavelmente, é repassada para o consumidor.

O problema de abastecimento também tem repercutido entre os demais comerciantes do local, como é o caso de Aline Alexandrino, do Box 1 (Agostinho), que projeta um percentual de acréscimo um pouco maior do que Gilvaneide da Silva – 30% - para o preço do pescado na Semana Santa.

“Provavelmente, o preço do quilo da cioba inteira deve chegar a R$ 32,50”, adiantou Aline, informando que o produto tem sido comercializado ao preço de R$ 25. No entanto, a esperança dos vendedores é de que os preços se mantenham estáveis e que o período seja produtivo e tranquilo como no ano passado.

Apesar dessa variação de preços registrada pelos estudos do Procon-JP e anunciada pelos comerciantes do Mercado de Peixe de Tambaú, há consumidores que ainda não sentiram no bolso a variação dos preços do pescado. “Sou consumidor assíduo e não vejo essa alta de preços que estão falando”, afirmou o advogado Marcelo Raposo, acrescentando que o peixe faz parte de sua alimentação semanal, independente da Semana Santa. O aumento do consumo nesta época do ano tende a impulsionar positivamente o mercado, principalmente do peixe fresco.

No entanto, segundo o Procon-JP, calculado pelo IBGE, o preço médio das diversas espécies subiu, em média, 9,96%, mas alguns tipos como a tilápia dobraram de preço nos boxes do Mercado de Peixe de Tambaú, nos últimos doze meses. O início da Quaresma aquece as vendas de pescado.

OS INDUSTRIALIZADOS

Para o economista e consultor de finanças pessoais Cláudio Rocha, não há como se preparar para enfrentar o período de alta de preços dos peixes frescos. “Não existe dica específica para fugir do aumento, devendo-se seguir as regras gerais do consumidor que são de sempre pesquisar e pechinchar antes de comprar”, orientou o economista, lembrando que os peixes industrializados podem ser uma boa opção para quem deseja manter a tradição da Semana Santa e fazer economia, pois custam em média 30% a menos que os produtos frescos.

VITRINE DO CARIRI
JPOnline

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