Como se já não bastassem a
dengue, a zika e a chikungunya, o mosquito Aedes aegypti transmite também a
febre do mayaro. O Ministério da Saúde (MS) (afirma) que a doença é benigna e
os sintomas desaparecem em até duas semanas. De dezembro de 2014 a janeiro de
2016, foram 343 suspeitas no país. Os sintomas aparecem de um a três dias após
a picada do mosquito e não existe terapia específica.
Os pacientes devem ter
repouso e o tratamento é sintomático, com analgésicos e anti-inflamatórios para
aliviar a dor e a febre. O infectologista Francisco Bernardino, ex-presidente
da Sociedade Paraibana de Infectologia da Paraíba, afirmou ao CORREIO que, por
enquanto, não há risco no estado porque o vírus ainda não foi identificado por
aqui.
“O que se sabe é que as
arboviroses podem acometer, mas não tem como dizer o risco”, observou. Segundo
ele, se alguém viajar para a região endêmica, por exemplo, e for picada por um
mosquito contaminado, é possível que se torne um hospedeiro, podendo contaminar
outros mosquitos em outras regiões. “Mas, isso é uma conjectura. É complicado
falar”, completou. Ainda conforme o médico, só a Secretaria de Saúde poderia
dar mais detalhes sobre o assunto.
Através da assessoria de
comunicação, a Secretaria de Saúde da Paraíba (SES-PB) informou que não possui
dados sobre a doença, pois o estado não é uma região endêmica, mas reforçou que
a população deve manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. A
doença infecciosa febril aguda é causada por um arbovírus e os sintomas podem
se tornar intensos, deixando o paciente limitado ou incapacitado. Assim como na
chikungunya, as dores podem durar meses e podem ser acompanhadas por edema.
Apesar dos estudos em andamento, ainda não existe vacina disponível.
De acordo com o Ministério,
o vírus mayaro é considerado endêmico na região Amazônica e ocorre em área de
mata, rural ou silvestre. “Nos espaços urbanos, o homem é o hospedeiro
principal num ciclo homem-mosquito-homem, o que torna o vírus Mayaro uma
potencial ameaça à saúde pública”, alerta o MS. Dos casos notificados, 53,3% foram
em Goiás, 19,8% no Pará e 7,2% no Tocantins.
Portal
Correio com Lucilene Meireles do Correio Online
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