A Secretaria de Estado da
Saúde da Paraíba (SES), por meio da Gerência Operacional das DST/AIDS e
Hepatites Virais, vai atuar nas prévias carnavalescas da cidade de João Pessoa
em parceria com o Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino
Fraga (CHCF), que integra a rede hospitalar do Estado, distribuindo
preservativos e folders educativos.
A ação, que terá início na
sexta-feira (17), busca trabalhar a prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis, incluindo a Aids. Além disso, será distribuído um milhão de
preservativos em toda a Paraíba, por meio das 12 Gerências Regionais. A gerente
estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena, alertou para o
aumento dos casos de Aids na população jovem e a importância do uso do
preservativo.
“Precisamos alertar a
população jovem que existe um grande risco de pegar alguma DST ou mesmo o HIV,
uma vez que não podemos dizer apenas pela aparência de uma pessoa se ela tem ou
não essas doenças. O jovem não se vê como uma pessoa que corre riscos e com
essa compreensão acaba nas relações sexuais não tendo o cuidado com o uso da
camisinha. Dessa forma, cada dia estamos nos deparando com mais jovens de 15 a
24 anos sendo diagnosticados com HIV ou Aids aqui no estado”, disse Ivoneide.
Ela falou sobre a
importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais, lembrando que
em 2016 foram registrados 764 casos de Aids na Paraíba, sendo 556 em homens e
208 em mulheres. “A festa potencializa o uso de bebidas alcoólicas e aumenta as
possibilidades de “ficar” com outras pessoas, e é nesse momento que a
vulnerabilidade aumenta e acabam fazendo sexo sem camisinha, se colocando em
risco. A população jovem tem a ideia errônea que a Aids não mata, o que não é
verdade. Temos uma média de 100 pessoas que morrem por ano na Paraíba em
decorrência da doença”, disse.
Segundo Ivoneide, nos dias
pós-carnaval muitas pessoas acabam recorrendo aos serviços de saúde em busca da
PEP (Profilaxia Pós Exposição). É importante ressaltar que a PEP é um
tratamento de 28 dias e não dispensa o uso do preservativo. “Devemos frisar que
a PEP deve ser iniciada até 72 horas pós-exposição ao vírus. Esse
tratamento/prevenção poderá ser acessado junto às pessoas que passaram por uma
situação de risco (fez sexo sem camisinha ou a camisinha estourou) com ou sem
permissão (estupro)”, explicou.
A gerente estadual de
DST/AIDS explicou que para combater o preconceito que ainda existe, informação
é primordial. “Na Paraíba muita gente ainda não se cuida, não se previne, tem
relações sexuais sem camisinha. Para mudar isso é preciso de informação. As
pessoas devem se informar, ler sobre o assunto. Hoje o acesso à informação está
mais fácil, com a internet e todas as campanhas educativas, então não é para ter
vergonha ou medo de falar no assunto, de perguntar a uma professora. É
importante ter informações seguras para se prevenir, se cuidar para se manter
saudável”, concluiu Ivoneide.
Fonte:
Portal Correio
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