O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, disse (nessa segunda feira 24) que o governo não discute
novos aumentos de impostos, mas, caso seja necessário, eles serão feitos. Na
última semana, houve reajuste do Programa de Integração Social (PIS) e a
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a
gasolina, o diesel e o etanol.
“Não discutimos isso, porque
não é uma situação que se coloca no momento. Tudo é possível, se necessário.
Tenho falado isso desde agosto do ano passado. Mas, hoje, nós estamos
preocupados em concretizar outras receitas”, disse o ministro, após participar
de reunião com investidores na capital paulista.
Meirelles destacou que
trabalha para a confirmação de receitas como o adiantamento das outorgas do
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, e a liberação para a União
dos depósitos judiciais da Caixa Econômica Federal. “Estamos trabalhando
intensamente nisso para garantir que, de fato, essas receitas possam ser
contabilizadas o mais rápido possível”, afirmou.
Ainda sobre o aumento de
impostos, Meirelles disse que uma reavaliação não está descartada. “É um quadro
extremamente dinâmico, em que tudo está sujeito a reavaliação, dependendo da
avaliação dos fatos e de determinados impactos econômicos. O que é importante é
que nós temos, sim, uma decisão de aumento de impostos neste momento”,
destacou.
Sobre a escolha deste
tributo para o ajuste, ele justificou a opção por ser uma medida que poderia
ser feita por decreto e com validade já para 2017. Acrescentou ainda que, como
o impacto que ele gera é sobre a inflação, e como ela está abaixo da meta, havia
espaço para o reajuste.
Meirelles comentou também
sobre o plano de recuperação fiscal do Rio de Janeiro, que deve ser entregue no
começo de agosto. “Estamos apenas aguardando o estado apresentar o seu plano. A
Secretaria do Tesouro está trabalhando diariamente para fazer com que o plano
se enquadre realmente nos termos da lei”, informou.
Click
PB
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