A Polícia Civil de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul,
informou na noite desta terça-feira (29) que Elissandro Spohr, um dos sócios da
boate Kiss que está internado em um hospital da cidade sob custódia policial,
teria ideia de se matar com a mangueira do chuveiro, mas que foi impedido por
policiais que fazem plantão no quarto dele.
"A mangueira do chuveiro foi estrategicamente
colocada em uma posição que sugeria a possibilidade de um enforcamento",
disse a delegada Lylian Carús. Mas, segundo ela, Spohr sequer chegou a cometer
o ato. "Não cometeu por falta de espaço. Até porque todos os policiais de
plantão estão em alerta."
A delegada disse que o sócio da boate está bastante
abatido e tem se cobrado muito pela tragédia que matou 235 pessoas. "Ele
perdeu muitos amigos no acidente, além de muitos funcionários, que também eram
amigos", conta ela, que informou que o abalo emocional tem afetado sua
recuperação. "Conversei com o médico hoje que afirmou que esse abalo tem
interferido em sua oxigenação."
Apesar da suposta tentativa de suicídio, a delegada
relatou que desde que Spohr foi comunicado da prisão temporária de cinco dias,
jamais tentou qualquer tipo de fuga. "Está sob custódia 24 horas por dia e
bem ciente de que se encontra na condição de preso."
Ainda não há previsão de quando o sócio da Kiss, que
também estava na boate no dia do incêndio, receberá alta. Boate: Ministério da Saúde
diz que 75 feridos correm risco de morrer.
VITRINE
DO CARIRI
Uol
Instituto
de Perícia revê número de mortos em Santa Maria para 234
O incêndio na Boate Kiss deixou 234 mortos, e não 231,
como vinha sendo divulgado oficialmente até o momento. De acordo com a chefe da
Regional de Santa Maria do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do
Sul, Maria Ângela Zucchetto, desde o início houve um erro na lista divulgada
pelas autoridades, na qual foram desconsiderados três nomes.
“Nós não tínhamos computador, cabo, nada. Tudo foi feito
manualmente. Nós contamos 234 corpos e fizemos a identificação de todos, mas em
algum momento do processo esses três nomes não entraram na lista oficial”,
explicou a Maria Ângela.
Ainda segundo ela, a falta dos nomes na lista oficial não
representou problema na entrega dos corpos às famílias. Todos eles foram
identificados, reconhecidos pelos parentes e já foram enterrados.
A lista do IGP foi encaminhada para Porto Alegre, onde
uma perita irá comparar com a lista oficial de 231 nomes para identificar quem
está faltando e investigar porque esses três ficaram fora da contagem. O IGP
estima que à tarde será possível divulgar os nomes.
VITRINE
DO CARIRI
Agência
Brasil
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