Participaram do Plebiscito
Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político 7,75
milhões de pessoas, segundo o resultado divulgado nessa quarta-feira (24).
Desse total, 6,95 milhões votaram em urnas físicas e 1,74 milhão pela internet.
As manifestações favoráveis à convocação de uma assembleia exclusiva para
reforma política somaram 97,05% do total, as contrárias, 2,57% e 0,38% foram
votos brancos e nulos.
A votação feita entre os
dias 1º e 7 de setembro faz parte de uma campanha organizada por movimentos
sociais para a convocação de uma assembleia constituinte para fazer alterações
nas leis referentes ao sistema político. A votação, que na prática é apenas uma
consulta, é uma forma de pressionar o Congresso Nacional para a convocação de
um plebiscito com valor legal sobre o tema.
“A estrutura do poder
político no Brasil e suas 'regras de funcionamento' não permitem que se avance
para mudanças profundas. Apesar de termos conquistado o voto direto nas
eleições, existe uma complexa teia de elementos que são usados nas campanhas
eleitorais que 'ajudam' a garantir a vitória de determinados candidatos”, diz o
texto que explica a proposta na página do plebiscito popular.
O coordenador nacional do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues, disse
que o resultado da campanha foi uma vitória para os movimentos sociais. “Nós
acreditamos que esse resultado do plebiscito demonstra que há apoio popular
para que possamos construir uma nova constituinte exclusiva”, ressaltou ao
apresentar os resultados.
Segundo Rodrigues, a
campanha conseguiu superar uma série de dificuldades. “Tivemos que lutar contra
um boicote da grande mídia, que boicotou a comunicação do plebiscito durante
todo o tempo. Tivemos que fazer a campanha durante um período eleitoral, quando
outros temas estavam na pauta”, disse sobre fatores que contribuíram para que o
movimento não tivesse uma adesão maior.
VITRINE
DO CARIRI
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