Para os brasileiros que
precisam adquirir dólares, pode ser uma boa ideia checar as opções que os
bancos oferecem. Algumas instituições financeiras já permitem a compra da moeda
norte-americana com a rapidez e facilidade de um saque no caixa eletrônico. São
empresas que disponibilizam terminais de autoatendimento para operações de
câmbio.
Os clientes que usam a opção
são debitados em suas contas-correntes e sacam o valor correspondente em
dólares. A oferta do serviço foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional
(CMN) em 2012, a fim de atender à demanda da Copa das Confederações, em 2013, e
da Copa do Mundo, em 2014. No ano da Copa, algumas corretoras de câmbio
instalaram equipamentos de troca de moeda em pontos estratégicos para turistas.
Passado o evento, há bancos
que mantêm a facilidade aos clientes. O Banco Central não informou quantos
terminais do tipo há no país. Porém, o Santander e o Banco do Brasil (BB)
confirmaram à Agência Brasil que disponibilizam o serviço apenas para
correntistas. O Santander informou que começou a implantar os terminais em 2014
e, atualmente, dispõe de 121 equipamentos.
Eles estão distribuídos em
agências, postos de atendimento e aeroportos. O banco destacou que o cliente
que usa o caixa eletrônico tem isenção da tarifa cobrada no caixa, além de
taxas de câmbio mais competitivas. No caso do BB, a instituição financeira
iniciou um projeto-piloto em fevereiro de 2015. Atualmente, dispõe de 16
terminais para a compra de dólares.
Segundo o gerente executivo
da Diretoria de Soluções de Atacado do banco, Paulo Guimarães, as máquinas
estão no Distrito Federal, Rio de Janeiro, em São Paulo, Santa Catarina, no
Tocantins, em Sergipe, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais. Os terminais
mais recentes são os dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos (SP), e do
Juscelino Kubitschek, em Brasília, implantados em fevereiro. O Aeroporto do
Galeão, no Rio de Janeiro, tem um caixa eletrônico para câmbio desde dezembro.
Guimarães explicou que antes
de pôr o sistema em operação foi preciso adaptar as máquinas, importadas dos
Estados Unidos. “É preciso adequar as notas de real, que têm tamanhos
diferentes”, diz. Segundo o diretor, a alternativa tem sido bem aceita pelos
clientes. De acordo com ele, nas agências com terminais, cerca de 25% das
operações de câmbio são feitas por meio deles.
Segundo Paulo Guimarães, há
intenção de expandir o modelo. “Nós vamos expandir naquelas praças que mais
tiverem volume e movimentação de câmbio”. O Banco do Brasil informou ainda que
estuda ampliar o sistema para permitir a troca de outras moedas, além do dólar.
O limite para saques pelo modelo é o autorizado pelo Banco Central, de US$ 3
mil por dia.
Portal
Correio com Agência Brasil
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