O Ministério do Planejamento
divulgou nesta quarta-feira (30), por meio de edição extraordinária do
"Diário Oficial da União", mais detalhes sobre o bloqueio extra de R$
21,2 bilhões, anunciado na semana passada.
Segundo os números do
governo federal, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seu limite
de gastos limitado em R$ 3,21 bilhões, com a autorização para despesas, em todo
este ano, caindo de R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28 bilhões.
Neste mês, após a cerimônia
de posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa
Civil, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto que transfere a gestão
do PAC do Ministério do Planejamento para a Casa Civil. Lula, porém, ainda não
assumiu o cargo porque teve a nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.
O anúncio aconteceu no mesmo
dia em que o governo lançou, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a
terceira fase do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida(MCMV), que terá a
meta de entregar 2 milhões de moradias populares até 2018. O MCMV está dentro
do PAC. Nos dois primeiros meses
deste ano, os gastos do PAC já haviam recuado.
Segundo números do Tesouro Nacional, as despesas do PAC caíram 6,8%, para R$ 6,96 bilhões, contra R$ 7,46 bilhões em igual período do ano passado. Já as despesas do Minha Casa Minha Vida tiveram uma queda mais forte ainda no primeiro bimestre. Os números oficiais mostram que esses gastos somaram R$ 1,24 bilhão em janeiro e fevereiro deste ano, contra 2,75 bilhões no mesmo período do ano passado – uma queda de 54%.
Segundo números do Tesouro Nacional, as despesas do PAC caíram 6,8%, para R$ 6,96 bilhões, contra R$ 7,46 bilhões em igual período do ano passado. Já as despesas do Minha Casa Minha Vida tiveram uma queda mais forte ainda no primeiro bimestre. Os números oficiais mostram que esses gastos somaram R$ 1,24 bilhão em janeiro e fevereiro deste ano, contra 2,75 bilhões no mesmo período do ano passado – uma queda de 54%.
Os números do novo decreto
de limitação de gastos divulgado pelo governo federal mostram que o Ministério
da Educação foi fortemente afetado pelo novo bloqueio de gastos. De acordo com o governo, o
Ministério da Educação teve seu limite de empenho para gastos discricionários
(excluindo o PAC e as despesas obrigatórias) diminuído em R$ 4,27 bilhões para
todo este ano.
Já o Ministério da Saúde
teve seu limite para gastos reduzido em R$ 2,28 bilhões, enquanto o Ministério
da Ciência e Tecnologia teve seu orçamento para todo este ano diminuído em R$ 1
bilhão. O Ministério de Minas e Energia teve seu limite cortado em R$ 2,13
bilhões e o Ministério da Fazenda "perdeu" R$ 827 milhões.
O Ministério da Defesa, por
sua vez, teve seu limite para gastos para o ano de 2016 reduzido em R$ 2,13
bilhões, ao mesmo tempo em que o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome teve seu orçamento cortado em R$ 827 milhões. O corte adicional no
orçamento deste ano, anunciado na semana passada, se somou ao bloqueio de R$
23,4 bilhões que havia sido autorizado em fevereiro.
Com isso, o corte total,
na peça orçamentária de 2016, chega a R$ 44,65 bilhões. Segundo o governo, o novo
bloqueio de gastos no orçamento deste ano visa cumprir a meta de superávit
primário, isto é, a economia para pagar juros da dívida pública, de R$ 24
bilhões para o governo central - União, Previdência Social e Banco Central -
fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano.
Nesta semana, porém, o
governo encaminhou ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera a meta
fiscal deste ano e autoriza um déficit de até R$ 96,65 bilhões em suas contas
em 2016. Ao anunciar que o governo
enviaria o projeto, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, informou que ele
contempla a "reversão" desse corte adicional de R$ 21,2 bilhões nos
limites para gastos - cujo detalhamento saiu nesta quarta-feira (30).
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
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