O Ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, defendeu mais uma vez a reforma da Previdência Social, que deve
ser proposta pelo governo caso se confirme o impeachment. O ministro argumentou
que, se não houver uma reforma, o aposentado pode correr o risco de ficar sem o
benefício. Já as Centrais Sindicais negam que a Previdência seja deficitária.
O ministro Eliseu Padilha
informou que o rombo da previdência cresceu cerca de 70% em apenas um ano,
passando de R$ 86 bilhões, em 2015, para R$ 146 bilhões em 2016. Esse valor é
diferença entre o que a Previdência arrecadou e o que ela precisa para pagar em
benefícios e aposentadorias.
O chefe da Casa Civil disse
ainda que a previsão para 2017 é uma déficit ainda maior, de R$ 180 bilhões a
R$ 200 bilhões. Eliseu Padilha destacou que, por isso, é precisa mudar. Um
grupo formado com representantes dos trabalhadores, dos empresários e do
governo federal discute propostas para a previdência.
O economista do Dieese,
Clóvis Scherer, participa das reuniões como representante das centrais
sindicais. Ele disse que o governo ainda não apresentou uma proposta para
reforma do regime geral da aposentadoria. E questiona os números apresentados
pelo ministro da Casa Civil.
Segundo Clóvis, o Executivo
calcula o rombo da previdência levando em conta apenas as contribuições
diretas, sem considerar impostos indiretos criados para financiar a
aposentaria, como o CSLL e o Confins.
As centrais são contra um
limite mínimo de idade para o trabalhador poder retirar a aposentadoria e
propõem a revisão de benefícios tributários para empresas e a ampliação da
fiscalização contra fraudes trabalhistas e previdenciárias.
Portal
Correio com Radioagência Nacional/EBC
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