A taxa de desocupação subiu
em todas as grandes regiões do país, fechando o segundo trimestre do ano em
11,3% comparativamente ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados
nesta quarta (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
indicam que as taxas são as mais altas já registradas para cada uma das regiões
do país, desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua
(Pnad Contínua), em janeiro de 2012.
Na região Norte, a taxa de
desocupação foi de 8,5% para 11,2%; no Nordeste, de 10,3% para 13,2%; no
Sudeste, de 8,3% para 11,7%; no Sul, de 5,5% para 8,0%; e no Centro-Oeste, de
7,4% para 9,7%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas haviam sido de 12,8% no
Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul.
Entre as unidades da
federação, as maiores taxas de desemprego no segundo trimestre de 2016 foram
observadas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e Pernambuco (14%), enquanto as
menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7%) e
Rondônia (7,8%).
Dados divulgados
anteriormente pelo IBGE indicam que a taxa geral de desemprego, de 11,3% no
trimestre encerrado em junho, é também a maior da série histórica e indicava
uma população desocupada de 11,6 milhões de pessoas, um crescimento de 4,5% em
relação aos primeiros três meses do ano. Quando a comparação se dá com o
segundo trimestre do ano passado, no entanto, o aumento da população desocupada
chegou a 38,7%.
A pesquisa indica, ainda,
que o nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em
relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para a totalidade do
Brasil no segundo trimestre deste ano. As regiões Nordeste (48,6%)
e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Já nas demais regiões, o nível
de ocupação variou dos 59,1% verificados na região Sul, passando pelos 59,2% do
Centro-Oeste e até os 56,1% do Sudeste.
Por estado, Mato Grosso do
Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%)
apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco
(46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais
baixos.
Os dados divulgados pelo
IBGE, relativos à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua,
referentes ao segundo trimestre do ano, apontam a região Sul do país como a que
registra o maior percentual de empregados com carteira de trabalho assinada
(85,4%), seguida do Sudeste (82,7%) e Centro-Oeste (com 77,5%), todos com
percentual de trabalhadores formais superiores à média nacional do país, que
fechou o segundo trimestre em 77,3%.
No Nordeste, este percentual
de trabalhadores com carteira assinada encerrou o segundo trimestre do ano em
62,25%, enquanto no Norte o índice estava em 61,5%, todos abaixo da média
nacional. Por estado, Santa Catarina (89,7%), Distrito Federal (86,2%) e Rio de
Janeiro (85,7%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor
privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e
Pará (57,4%) exibiram os menores.
Os dados da pesquisa indicam
que três das principais regiões metropolitanas do país apresentavam um
rendimento médio real habitual dos trabalhadores brasileiros acima da média
nacional, de R$1.972. Na região Sudeste, o rendimento médio real era no
fechamento do segundo trimestre de R$ 2.279, no Centro-Oeste (R$ 2.230) e no
Sul (R$ 2.133). Já na região Norte, ele ficou em R$ 1.538 e Nordeste (R$
1.334), em ambos os casos abaixo da média nacional. Por estado, o Distrito
Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$
2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores valores foram anotados no
Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).
Portal
Correio com Agência Brasil
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