quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Caso Tríplex: Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é condenado por unanimidade pela turma do TRF4 e tem pena aumentada para 12 anos


Por unanimidade, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre, votaram nesta quarta-feira (24) em favor de manter a condenação e ampliar a pena de prisão do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá no estado de São Paulo.

O julgamento do ex-presidente teve início pela manhã e o veredito final só foi anunciado à tarde, a sessão durou mais de nove horas. Com dois votos dos três desembargadores, Lula já seria condenado em segunda instância já que no ano passado ele teria sido julgado em Curitiba e condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo Juiz Federal, Sergio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Nesta quarta votaram pela manutenção da condenação do petista, o relator do processo, desembargador, João Pedro Gebran Neto, o revisor, Leandro Paulsen e o desembargador Victor dos Santos Laus. Sobre as acusações, o petista se diz inocente e promete recorrer das decisões que acredita ser injusta contra sua honra.

A sentença cabe recursos, porém ao ser analisados todos os embargos da defesa pelo mesmo colegiado do RTF4, o Juiz poderá inocentar ou manter a condenação do ex-presidente que passa a cumprir a pena em regime fechado, ou seja, na prisão. Lula foi acusado pelo Ministério Público de receber propina da empreiteira OAS. A suposta vantagem, no valor de R$ 2,2 milhões que teria saído de uma conta de destinada ao PT em troca do favorecimento da empresa em contratos na Petrobras.

Segundo o MP, a vantagem foi paga na forma de reserva e reforma do apartamento no litoral paulista, cuja propriedade teria sido ocultada das autoridades. Um dos depoimentos que baseou a acusação do Ministério Público e a sentença do Juiz Sérgio Moro é o do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, também condenado no processo.

Além de Lula, também foram julgados Léo Pinheiro (presidente afastado da OAS); Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula); Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Gordilho, Fabio Hori Yonamine, Roberto Moreira Ferreira (diretores da OAS). A condenação pelo TRF-4, tribunal de segunda instância, confirma a sentença proferida em julho do ano passado por Moro na primeira instância.

Noutro processo, há ainda outras acusações contra o ex-presidente sobre a posse de um sítio em Atibaia. Apesar da condenação, Lula poderá realizar campanhas eleitorais e participar de atos públicos, porém o registro de sua candidatura a Presidência como o partido defende, dependerá do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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