A proposta de Reforma da
Previdência apresentada nesta segunda-feira (5) pelo governo estipula uma idade
mínima de aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres. Atualmente, não há
uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem. Eles podem pedir a
aposentadoria com 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos no
dos homens.
Para receber o benefício
integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma
da idade e o tempo de contribuição. O presidente e a equipe econômica do
governo conduzem neste momento uma reunião com os líderes da base aliada na
Câmara e no Senado para apresentar o texto da reforma. A proposta será
encaminhada ao Congresso Nacional nesta terça (6).
O ministro-chefe da Casa
Civil, Eliseu Padilha, pediu que os parlamentares façam o debate com os
críticos à proposta durante a tramitação no Congresso. “Cito como curiosidade o
primeiro regime previdenciário brasileiro em 1934 tinha idade mínima de 65 anos,
que é a idade que está sendo proposta agora”, afirmou Padilha, ao abrir a
reunião com os parlamentares.
O ministro admitiu que o
assunto é "árido” mas disse que as mudanças precisam ser feitas. O
conteúdo da proposta ainda não foi divulgado pelo Palácio do Planalto. Ainda
hoje as centrais sindicais vão se reunir com Padilha para discutir o assunto.
A expectativa é de que o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o secretário da Previdência, Marcelo
Caetano, convoquem uma entrevista coletiva para detalhar as medidas. Em
discurso aos senadores e deputados, Michel Temer reconheceu também que o
assunto é “espinhoso” e que é preciso “equilíbrio, serenidade e transparência”
na tramitação do projeto.
Temer lembrou que, como a
reforma será encaminhada por meio de proposta de emenda à Constituição, não
caberá a ele sancionar ou vetar a medida, já que após as aprovações no
Congresso as mudanças serão promulgadas. Ele acrescentou ainda que "É lá
[no Parlamento] que vários setores e as centrais sindicais irão se dirigir para
postulações", acrescentou.
Fonte:
Portal Correio com Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário