Técnicos do Tesouro Nacional
avaliam que um dos efeitos da eventual aprovação da reforma da Previdência, no
próximo ano, pode ser o aumento da procura de investidores pelo Tesouro Direto.
O programa foi criado pelo governo, em 2002, para popularizar a aquisição de
títulos públicos por pessoas físicas, via internet, sem a intermediação de
agentes financeiros.
“Existem muitos investidores
que usam o Tesouro Direto como previdência. Acredito que sim, há uma grande
tendência, com a reforma da Previdência, à busca por previdência complementar”,
disse Leandro Secunho, coordenador-geral de Operações da Dívida Pública
Federal.
De acordo com Secunho, 62%
dos títulos vendidos no programa são atrelados à inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a longo prazo, ou seja, com perfil
semelhante ao de uma previdência. Ele afirmou ainda que as taxas de
administração do Tesouro Direto tendem a ser mais baixas que as da previdência
complementar.
Secunho deu as declarações,
em entrevista, para comentar o resultado da Dívida Pública Federal em novembro.
A dívida cresceu 1,97% em relação a outubro e alcançou R$ 3,092 trilhões. “[A
Dívida Pública Federal] vai ficar dentro do intervalo entre R$ 3,1 trilhões e
R$ 3,3 trilhões [previsto pelo governo no Plano Anual de Financiamento – PAF]
e, possivelmente, vai ficar um pouco abaixo”, previu Secunho.
Fonte:
Portal Correio com Agência Brasil
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