Há 24 anos desaparecia de
uma forma trágica uma das vozes mais marcante do rádio patoense, Paulo Porto,
um comunicador que fez história e inspirou outros profissionais. Ainda nos dias
atuais a radiofonia sertaneja lamenta, e parece que ainda não se recuperou da
partida prematura e sem explicação de “Paulinho Porto”, como era reconhecido
entre os colegas.
Dono de um voizerão
inconfundível, e um senso de humor contagiante o comunicador se foi, sem ao
menos ter tempo de viver outro grande sonho conseguido, exercer o mandato de
vereador alcançado de forma honrosa junto à população patoenses.
Veja
o resgata desta história triste, mas que não pode ser esquecida:
Entre os bárbaros assassinatos registrados na
cidade de Patos, talvez nenhum tenha revoltado tanto a população pelo alto grau
de brutalidade, como aquele que vitimou o radialista Paulo Ayres Porto. Tratava-se de um deficiente físico, eficiente
profissional da comunicação e, como resultado do seu trabalho coerente, recém-escolhido
para representar o povo no Poder Legislativo Municipal.
Paulo Ayres Porto, 34 anos,
radialista e vereador eleito, filho de Manoel de Morais Porto e Severina Ayres
Porto, foi visto pela última vez na noite do dia 07 de dezembro de 1992, em
companhia da empresária Alba Liene Pereira Viana, viúva, 26 anos, segundo
informações, se destinavam a uma seresta no município de São Mamede, conduzidos
em uma pick-up Ford Pampa, cujo veículo seria encontrado no dia seguinte,
abandonado no município de Quixaba, que fica localizado a oito quilômetros de
Patos.
Após uma caça patrocinada pela polícia e
amigos do radialista, os dois corpos foram encontrados por volta das 16:00
horas do dia seguinte, em uma vala próxima ao Aeroporto Brigadeiro Firmino
Ayres, amarrados com as mãos para trás, as cabeças esmagadas por golpes de pedras
e paus. O mais intrigante é que o fato acontecera bem perto de um dos postos da
Operação Manzuá. Aliás, os PM's de plantão informaram que o carro havia passado
na estrada, conduzindo apenas as duas futuras vítimas.
Cerca de 10 mil pessoas
compareceram ao velório e sepultamento de Paulo Porto, cujo corpo fora
conduzido ao Cemitério de São Miguel em uma viatura dos Bombeiros e sepultado
por volta de 11:00 horas da quarta-feira, 09 de dezembro. Às 16:00 horas
aconteceu o mesmo procedimento com a outra vítima, Alba Liene.
Fonte:
patosonline com patos em revista.
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