O piso salarial dos
professores terá reajuste de 11,36%, o anuncio foi feito nesta quinta feira (14),
através ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Com isso, o valor passa de R$
R$ 1.917,78, em 2015, para R$ 2.135,64, em 2016. O índice representa um aumento
real de 0,69%, considerando a inflação oficial de 10,67%.
O Ministério da
Educação (MEC) recebeu dos estados e municípios, pedido de adiamento do
reajuste para agosto e que o índice fosse 7,41%. Mercadante ressaltou que a
pasta apenas cumpre a lei vigente.
“Muitos estados e municípios
têm uma situação mais sensível, o que a gente pede é que haja disposição de
diálogo, de busca de negociação entre sindicatos e governos, para que seja pactuada
– onde não há condições –, com transparência, uma política de pagamento do piso
que seja compatível [com a situação local]”, disse Mercadante. Pela lei, o piso
vale a partir de janeiro, mas pode ser negociado entre trabalhadores e
governos.
O piso salarial dos docentes
é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula
o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB).
Desde 2009, com a vigência
da lei, até 2015, segundo Mercadante, o piso dos docentes teve aumento real, ou
seja, acima da inflação no período, de 46,05%. Mercadante disse que o
percentual de aumento foi um dos maiores entre todas as categorias, públicas ou
privadas, mas reconheceu que há uma desvalorização histórica dos salários dos
professores. “Herdamos uma situação de salários muito baixo dos professores.
Apesar desse crescimento, ainda é um salário pouco atrativo”. Afirmou.
O piso é pago aos
profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga
horária de 40 horas semanais. Pela lei, os demais níveis da carreira não
recebem o mesmo aumento. Isso é negociado em cada ente
federativo. Em um contexto de crise, estados e municípios alegam dificuldade em
pagar o valor definido pela lei.
Os estados pediram que o MEC complementasse o valor aos governos em situação mais delicada, o que também está previsto em lei. Mercadante disse que a complementação pode ser negociada, desde que haja uma proposta consensual entre estados e municípios. Quando receber a proposta, a pasta avaliará a viabilidade, segundo o ministro.
Os estados pediram que o MEC complementasse o valor aos governos em situação mais delicada, o que também está previsto em lei. Mercadante disse que a complementação pode ser negociada, desde que haja uma proposta consensual entre estados e municípios. Quando receber a proposta, a pasta avaliará a viabilidade, segundo o ministro.
Confiram
os dados Históricos em relação aos reajustes salariais dos professores
Em 2009, quando a Lei do
Piso entrou em vigor, o pagamento mínimo para professores passou de R$ 950 para
R$ 1.024,67, em 2010, e chegou a R$ 1.187,14 em 2011. No ano seguinte, o piso
passou a ser R$ 1.451. Em 2013, subiu para R$ 1.567 e, em 2014, foi reajustado
para R$ 1.697. Em 2015, o valor era R$ R$ 1.917,78. Na série histórica, o maior
reajuste do piso foi registrado em 2012, com 22,22%.
Apesar dos aumentos,
atualmente os professores recebem cerca de 60% do salário das demais carreiras
com escolaridade equivalente. A melhora do salário dos professores faz parte do
Plano Nacional de Educação (PNE), lei que prevê metas para a melhoria da
educação até 2024. Até 2020, os docentes terão que ter rendimento equiparado ao
dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Fonte:
iparaíba com Agência Brasil
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