O ano de 2015 vai ficar
marcado para os brasileiros como um dos períodos recentes em que houve maior
elevação de impostos e tarifas, além de reajustes de preço da gasolina, no gás,
no pão, nas mensalidades escolares e de outros serviços. Com tudo isso, aliado
a inflação de 10,8% e a projeção de um 2016 pessimista, segundo economistas, os
paraibanos devem se preparar para continuidade do aperto financeiro.
A preparação para um 2016 de
elevação de preços começou ainda em dezembro de 2015. No dia 14, os Correios
elevaram em 8,89% as tarifas de entrega de cartas e telegramas, deixando as
postagens das cartas comerciais e não-comerciais R$ 0,10 mais caras.
O gás de cozinha deve ficar
até 5% mais caro, custando cerca de R$ 60, até os primeiros dias de 2016,
segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba
(Sinregás-PB), Marcos Antônio Bezerra. O aumento só não foi concedido ainda
porque, conforme Marcos Bezerra, a Petrobras não publicou a autorização de
reajuste.
Já após a virada de ano,
estão definidos os aumentos de preços das mensalidades escolares, que vão subir
entre 10% e 15%, e da tarifa da água cobrada pela Companhia de Água e Esgotos
da Paraíba (Cagepa), que deve ser reajustada em até 22,63%. Com isso, consumidores
residenciais que utilizam até 10 metros cúbicos (m³) de água devem começar a
pagar R$ R$ 33,02, ao invés dos R$ 26,93.
Para os imóveis que possuem os
serviços de água e esgoto, a tarifa proposta é de R$ 59,44, um aumento de
22,63%. Também sofreram reajustes
para 2016 o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a Taxa de Coleta de
Resíduos (TCR) de João Pessoa, que sobem 10,48%. A bandeira tarifária da
energia elétrica vai continuar vermelha, pelo menos até abril do próximo ano,
gerando um custo adicional de R$ 4,50 para cada 100 quilowatt-hora consumido.
Para quem anda de táxi, o
preço cobrado também vai subir em 25%. A Superintendência Executiva de
Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob) autorizou aos taxistas a elevação dos
preços cobrados pelo km rodado e pelas bandeiras 1 e 2. A partir de 1º de
janeiro, a bandeirada vai subir dos atuais R$ 4 para R$ 4,50. O km rodado vai
passar sair dos R$ 2,30 para R$ 2,55, na bandeira 1.
Para a bandeira 2, os
consumidores vão deixar de pagar os autuais R$ 2,90 para desembolsarem R$ 3,55.
A gasolina também é outro item que vai ter elevação dos preços médios, conforme
autorização da Petrobras. A partir do dia 1º de janeiro, o valor médio cobrado
pelo litro da gasolina comum nos postos de combustível na Paraíba vai ser de R$
3,53. Também aumentam de preço o
etanol, passando de R$ R$ 2,7530 para R$ 2,7633; o óleo diesel, que estava em
R$ 2,7586 e será de R$ 2,9616; e o diesel S10, que era R$ 2,8875 e passa para
os R$ 3,0765.
Situação
da Paraíba
Sobre a situação econômica
da Paraíba para 2016, Rodrigo Leone citou o estado como um dos poucos que não
sentem com tanta força o impacto da crise brasileira. Para ele, a
responsabilidade fiscal é um dos fatores que deixam a Paraíba com melhores
olhos do que o Brasil.
“Tem muita coisa que a
Paraíba não pode deixar de refletir sobre o cenário nacional e a crise é uma
delas. Porém, o Estado vive um momento diferenciado por questões de responsabilidade
fiscal e fez o que não foi feito no Brasil. O governo paga as contas públicas e
os servidores em dia, diferente de outros Estados. Também existem
investimentos, claro que menores por conta da imprevisibilidade econômica, mas,
economicamente, vejo a Paraíba com melhores olhos do que vejo o Brasil”,
afirmou Rodrigo Leone.
Assim como Rodrigo, Cláudio
Rocha também enxerga o Estado passando por um momento de crise mais leve.
Segundo ele, caso a Paraíba consiga manter a estabilidade econômica, já é um
ganho para 2016. “A Paraíba não está falida porque se preocupou um pouco mais
em termos de crescimento. Se nós conseguirmos manter essa estabilidade atual já
é bom”, disse Cláudio Rocha.
Já para Rafael Bernardino, a
economia paraibana deve continuar estável ou crescer caso o clima contribua.
Isso, segundo ele, ajudaria na condução econômica. “A economia da Paraíba
depende, em boa parte, das questões climáticas. Caso 2016 venha com chuvas em
volumes adequados, haverá melhora na produção agropecuária com reflexos
positivos na economia como um todo. Outro ponto importante para a melhoria da
economia está relacionado com as obras, de responsabilidade do Estado, para
possibilitar a integração do Rio São Francisco com as bacias dos rios da
Paraíba”, disse Rafael.
Disponível
em: VITRINE DO CARIRI
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