O programa é executado pela Fundação de Ação Comunitária (FAC), da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano.Em Barra de Santana, o atraso no repasse financeiro aos produtores rurais já chega a dois meses, conforme informações de Paulo Medeiros, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra de Santana.
A situação é semelhante na cidade de Patos, onde cerca de 100 trabalhadores fornecem o produto e estão há 45 dias sem pagamento.
“Caso o dinheiro não seja repassado logo, nós vamos interromper o fornecimento para o governo, pois como produzimos em pequena quantidade não podemos ficar tanto tempo sem receber”, disse Paulo.
De acordo com Paulo, os produtores chegam a vender o produto a terceiros, mesmo por um valor menor para garantir a renda mensal. Ele explica que o valor por litro de leite repassado pelo programa é de R$ 0,82. “Mas os trabalhadores rurais estão repassando até por R$ 0,70 para os carreteiros, para não ficarem no prejuízo”, explicou. No local, cerca de 250 produtores fornecem 900 litros por mês e deveriam receber o valor mensal de R$ 738,00.
Sebastião dos Santos, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Patos, informou que apesar do atraso, os pecuaristas continuam realizando as entregas normalmente, mas podem interromper o fornecimento em breve.
“A situação é complicada, pois muitos deles têm dívidas nas casas de ração e estão sem crédito nestes locais, dificultando até a alimentação dos animais e a própria sobrevivência de suas famílias”, disse Sebastião.
Luciene Morais, diretora de operações da Fundação de Ação Comunitária (FAC), informou que o pagamento está acontecendo normalmente. “Tivemos um atraso no repasse financeiro feito pelo governo federal, mas o problema foi solucionado e este mês o recurso já foi liberado”, disse. O pagamento é depositado diretamente na conta dos fornecedores.
Vitrine do Cariri
JP
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