Câncer é associado a fumo e álcool. Quando diagnosticado no começo, chance de cura é de 90%. Lula será tratado com quimioterapia
O ex-presidente da República Luis Inácio Lula da Silva realizou exames neste sábado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e foi diagnosticado com tumor localizado na laringe, informou um boletim médico emitido pelo hospital. Ele será submetido a quimioterapia para tratar o câncer.
O médico Gilberto de Castro, que está na equipe que cuida do ex-presidente, explicou ao iG: "A gente ainda não tem noção da gravidade e do tamanho do tumor". Castro é especialista em câncer de cabeça e pescoço. "Lula está fazendo exames", completou.
A quimioterapia começará nos próximos dias. Lula está bem e deverá realizar o tratamento em caráter ambulatorial. O fato de ele começar o tratamento imediatamente não significa que o câncer seja agressivo.
É apenas uma medida para combater o problema com rapidez. A presidenta Dilma Rousseff passou pelo mesmo preocedimento quando foi diagnosticada com um linfoma, em 2009.
O câncer
O câncer de laringe está altamente associado ao fumo e ao consumo de álcool. Se descobertos em estágio inicial, 90% dos casos são curáveis. Se o câncer se espalhou para as áreas ao redor da laringe (gânglios linfáticos e pescoço) as chances de cura ficam entre 50% e 60%. Os tratamentos incluem cirurgia para remoção do tumor, radioterapia e quimioterapia.
Dependendo da gravidade do tumor, o tratamento aplicado pode afetar a fala, a alimentação e até a respiração. Por isso, muitos pacientes frequentemente necessitam fazer reabilitação após a eliminação do tumor.
A maioria dos cânceres de garganta se desenvolve em adultos com mais de 50 anos. Homens são dez vezes mais propensos a ter a doença do que as mulheres.
De acordo com o Sírio-Libanês, a equipe médica que assiste o ex-presidente é coordenada pelos doutores Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, Gilberto Castro e Rubens V. de Brito Neto. O hospital é o mesmo no qual o ex-vice-presidente José Alencar fez seu tratamento.
iG São Paulo
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