A Polícia Federal cumpriu 23 mandados de prisão na Paraíba, sendo 15 preventivas e oito temporárias, contra pessoas suspeitas de participação em um esquema de fraudes de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre os presos, há cinco servidores do órgão.
A Operação Agendamento Virtual foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (5) em conjunto com o Ministério da Previdência e o Ministério Público Federal. Os órgãos calculam que a organização criminosa tenha causado um prejuízo de R$ 10 milhões em aposentadorias e pensões concedidas irregularmente.
Em nota à imprensa, a assessoria da PF comunicou que também foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, além da determinação judicial de bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos principais suspeitos. Foram apreendidos 12 carros e motos e uma espingarda e um revólver calibre 38.
De acordo com Alexandre Isbarrola, delegado regional de Combate ao Crime Organizado, os veículos teriam sido adquiridos com o dinheiro obtido irregularmente. Um ex-candidato a prefeito em São João do Cariri também está preso. O delegado informou que a quadrilha seria uma das maiores em atuação no Nordeste. Ele garantiu que as investigações vão continuar, uma vez que o material apreendido poderá apontar a participação de outras pessoas nas fraudes.
Polícia Federal investiga rombo de mais de R$ 1 milhão no INSS na ParaíbaAs equipes da PF recolheram materiais que podem comprovar a atuação da quadrilha nas cidades de Campina Grande, João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Itatuba e São João do Cariri.
Em nota enviada à imprensa, a assessoria da PF informou que a quadrilha utilizava documentos falsos para comprovar atividades rurais e conseguir aposentadorias e pensões do INSS indevidamente. Uma outra forma de atuação era a concessão de pensões por morte previdenciária baseadas em documentos irregulares, com pagamentos retroativos, e de benefícios a partir de agendamentos inexistentes ou em datas diferentes das registradas no sistema de agendamento do INSS.
Conforme a PF, os suspeitos de envolvimentos no esquema podem ser indiciados pelos crimes de corrupção e estelionato contra a Previdência Social, mediante fraude para obtenção de benefício. Caso condenados, os envolvidos poderão sofrer penas que variam de um a cinco anos de reclusão, passíveis de aumento pelo fato do crime ter sido praticado contra a Previdência Social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário