Segundo a polícia, ela foi morta a tiros por professor, que teria confessado.
Naiara Leão
Do G1 DF
O corpo da estudante de direito Suênia Souza Farias, 24 anos, assassinada a tiros na noite de sexta (20) em Brasília, foi enterrado na tarde deste domingo (2), no Cemitério de Taguatinga, sob o apelo dos familiares por justiça.
Segundo a polícia, o professor universitário Rendrik Rodrigues, com quem a estudante manteve um relacionamento, confessou o crime.
Familiares disseram que não querem que o caso seja esquecido. "O que a gente quer é que ele pague, que a Justiça se posicione com rigor. Isso não e amor, é ódio", disse Sineide Farias, irmã da estudante, em referência ao relacionamento entre ela e o professor.
O pai Sinval Nogueira fez um apelo para que a legislação seja mais dura nos crimes de violência contra a mulher.
"A Justiça tem que entender que não suportamos mais tanta impunidade, tanta violência contra a mulher. Ela já estava sendo ameaçada", declarou.
Ele também pediu que Rodrigues seja impedido de atuar como professor e advogado. "O meu pedido é para que cassem a carteira dele de advogado e não deixem ele voltar para nenhuma faculdade de direito", disse.
No sábado (1), a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Distrito Federal divulgou nota informando que irá abrir um processo ético-disciplinar contra Rodrigues. De acordo com a entidade, o advogado pode ser suspenso preventivamente e impedido de exercer a profissão.
Segundo os familiares, Suênia Farias sonhava ser delegada de polícia. "Ela corria atrás de justiça. Ajudar a resolver casos como esse era seu maior sonho", afirmou a cunhada Eliane Pereira.
Suênia seria a primeira pessoa da família a se formar em um curso superior. "Tínhamos tanto orgulho dela, da determinação, da independência", disse Sineide.
A Polícia Civil do Distrito Federal procura a arma utilizada no crime. Policiais afirmam que, em depoimento, o professor contou que comprou uma pistola 380 por R$ 500 de um desconhecido.
No depoimento, Rodrigues também teria dito que jogou a arma em um matagal próximo ao Jockey Club de Brasília, suposto local do crime, segundo os policiais.
Rodrigues está preso na carceragem da Delegacia de Polícia Especializada. Neste sábado (1), não recebeu visitas.
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