Pela primeira vez em 10 anos, o fator previdenciário,
índice aplicado no cálculo das aposentadorias, irá mudar para melhor. O índice
varia de acordo com a idade do segurado, seu tempo de contribuição e a
expectativa de sobrevida da população, calculada pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
Todos os anos, o instituto faz uma estimativa dessa
expectativa. Como na nova tábua do fator, que será usada nos benefícios
concedidos a partir de sábado (1º), foram incorporados os dados do Censo de
2010 -e, portanto, mais atuais-, houve uma ligeira correção.
Segundo cálculos de Newton Conde, da Conde Consultoria
Atuarial, no período de 41 a 80 anos a expectativa de sobrevida teve redução
média de 83 dias, o que provocou um ganho de 0,31% -também em média- nas
aposentadorias.No ano passado, houve redução média de 0,42% no valor do
benefício.
EXEMPLOS:
Um homem com 35 anos de contribuição e 55 de idade, com
média salarial de R$ 1.000, terá um benefício de R$ 716,93 com o novo fator. Na
tabela antiga, válida até amanhã -a nova entra em vigor no dia 1º de dezembro-,
o valor é de R$ 714,09. A diferença, para esse exemplo, é de 0,40%. Considerando um homem com 57 anos de idade e 37 de
contribuição, o benefício seria de R$ 822,29, com a nova tabela, contra R$
818,81, com a tabela atual --uma diferença de 0,43%.
Ainda de acordo com Newton Conde, a mudança para melhor
ocorre apenas para os segurados com mais de 50 anos de idade. No caso dos
segurados mais novos, houve aumento na expectativa de vida -e, portanto, queda
no fator, tornando-o mais prejudicial. É o caso de uma mulher com 48 anos de idade e 30 de
contribuição, cujo benefício, considerando uma média salarial de R$ 2.000,00,
passaria de R$ 1.119.19 para R$ 1.115,57 com a nova tabela. A redução, nesse exemplo,
é de 0,32% no valor da aposentadoria.
Folhapress
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