A Polícia Federal deflagrou, na madrugada desta
sexta-feira (09), a 'Operação Squadre' em vários bairros da região
metropolitana de João Pessoa para prender grupos milicianos que agiam na
Paraíba e Pernambuco. Até o momento mais de 50 pessoas foram presas entre elas,
dois agentes penitenciários, dois delegados, um funcionário do Detran-PB, um
tenente-coronel e um major, além de
policiais civis e militares.
Os mandados de prisão estão sendo cumpridos em
João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari, Cajazeiras, na
Paraíba, e Recife e Petrolina, em Pernambuco. No bairro de Mandacaru, na Capital, os policiais invadiram uma casa na Avenida Iaiá Paiva. A
rua foi cercada, mas dois policiais militares que moravam no local não foram
encontrados. O imóvel foi revistado e documentos foram levados.
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Federal,
a operação tem o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por
integrantes de forças policiais locais e particulares, que atuavam em todo o
estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra
não-habilitada, despreparada e portando armamentos ilegalmente.
Durante a investigação das organizações criminosas
desarticuladas constatou-se, ainda, a prática de diversos crimes, dentre os
quais o tráfico ilícito de armas, lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção e a
atuação de um grupo de extermínio. Entre os presos na Operação Squadre estão
integrantes de três diferentes milícias.
Estão sendo cumpridos 45 mandados de prisão, 11 conduções
coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas
judiciais. Cerca de 400 policiais participam de operação.
Será realizada entrevista coletiva no auditório da
Superintendência Regional da Polícia Federal, às 9h30, localizada na BR 230, Km
7, Praia de Ponta de Campina, Cabedelo/PB.
Mais
criminosos
O outro grupo de extermínio era comandado por oficiais da
Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio
ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de “laranjas”.
O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da Polícia
Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e
lavagem de dinheiro.
Outra quadrilha de milicianos é formada por policiais
civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo
traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos. Os três grupos
criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
Cooperação
A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o
apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa
Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a
participação do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e dos
GPIs (Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal) de diversos estados.
Por
Hyldo Pereira, com ascom da PF
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