O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), criticou
nesta terça-feira (13) a intenção do Ministério Público Federal de retirar a
frase "Deus seja louvado" das cédulas de dinheiro. A expressão foi
introduzida em 1986, quando Sarney era o presidente da República. Para Sarney,
a polêmica é fruto da "falta do que fazer". Ele disse ainda ter
"pena" dos ateus.
"Eu acho que é uma falta do que fazer, porque, na
realidade, precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus
por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. Nós
não podemos jamais perder o dado espiritual. Eu tenho pena do homem que na face
da terra não acredita em Deus", afirmou.
A ação da Procuradoria da República no Estado de São
Paulo pede, em caráter liminar, que seja concedido à União o prazo de 120 dias
para que as cédulas comecem a ser impressas sem a frase, evitando gastos aos
cofres públicos. A justificativa da procuradoria é de que o Estado
brasileiro é laico e deve se desvincular de manifestações religiosa. Além
disso, segundo o MP, a expressão privilegiaria uma religião em detrimento das
outras.
G1
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