Começou neste sábado (18) em todo o País a primeira
campanha de atualização da caderneta de vacinação infantil. A expectativa do
governo é que até o dia 24 de agosto mais de 14 milhões de crianças menores de
5 anos compareçam aos postos de saúde. O objetivo da ação, de acordo com o
Ministério da Saúde, é ampliar a cobertura vacinal e reduzir o risco de
transmissão de doenças.
Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico
infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas
este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege
contra a difteria, o tétano, a coqueluche e a meningite) e a dose contra a
hepatite B. Já a VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra
a pólio.
Durante a campanha, menores de 5 anos que vivem nas
regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos
em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação faz parte
do Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a
superação da extrema pobreza na primeira infância. Ao todo, 2.434 municípios das regiões selecionadas vão
distribuir o suplemento. A expectativa do governo é que 3 milhões de crianças
tenham acesso à megadose de vitamina A.
Cálculos do Ministério da Saúde indicam que
aproximadamente 20% dos menores de 5 anos apresentam algum tipo de deficiência
de vitamina A. A previsão é que, até o fim do ano, a distribuição do suplemento
chegue a todos os municípios que fazem parte do Programa Brasil sem Miséria.
Pais
aprovam
No primeiro dia da campanha, Renata Moraes, 25 anos,
decidiu levar a filha de 3 anos ao posto de saúde – mesmo com o quadro de gripe
apresentado pela menina. “Essa é uma ótima ideia. O calendário infantil é
complicado. Assim, os pais não ficam perdidos, sem saber se está faltando
alguma coisa”, disse a estudante.
Depois de passar pela avaliação dos profissionais de
saúde, a criança foi liberada, já que estava com todas as doses em dia. Renata
descobriu ainda quando deve retornar – em abril de 2013, quando a filha
completa 4 anos. “Ter um dia certo para fazer a atualização é muito importante.
Acaba obrigando os pais a ir ao posto. Isso deve continuar a ser feito, pelo
menos, de seis em seis meses”, sugeriu.
A estudante Clerismar Nascimento, 30 anos, também decidiu
procurar o posto de saúde logo no primeiro dia da campanha. Acompanhada do
filho de 3 anos, ela contou que já considerava que o esquema de vacinação do
menino estava atualizado, mas resolveu confirmar a informação com os
profissionais de saúde. Agora, só precisa voltar ao local em seis meses.
“Muitos pais acabam negligenciando a vacinação, por não
terem tempo para levar a criança ao posto. Ter um dia só para a atualização
despertou a curiosidade de muitos pais. Além disso, entraram duas vacinas
novas, que só estavam disponíveis na rede particular”, destacou, ao se referir
à pentavalente e a Nacina Inativada Oral contra a Poliomielite (VOP), lançadas
este ano.
Durante visita ao posto de saúde, o gerente comercial
Charles Lindberg, 33 anos, descobriu que poderia antecipar a vacina DTP
(difteria, tétano e coqueluche) no calendário da filha de 4 anos. A dose só
seria aplicada quando a menina completasse 5 anos, em dezembro, mas foi
prescrita pelos profissionais de saúde diante de um caso de coqueluche
confirmado no Distrito Federal.
“Fazer uma campanha só para atualização da caderneta é
uma ideia bacana. Acontece de a gente esquecer, já que são muitas vacinas e as
datas não são uniformes”, disse. Atualmente, o calendário básico de vacinação
infantil conta com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Cerca
de 34 mil postos de saúde em todo o País funcionam neste sábado.
ig
com Agência Brasil
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