A mulher do ex-presidiário Ronivon Gonçalves Leite, de 31
anos, que faleceu na madrugada desta quarta-feira (08), no Hospital Regional de
Cajazeiras, está acusando um grupo de policiais de ter espancado o seu
companheiro até a morte.
Esta é a segunda denúncia de tortura, seguida de morte,
contra policias militares nesta semana. Na noite do último domingo (05), em
Campina Grande, o jovem de 27 anos, Tiago Moreira, morreu, segundo a sua esposa
Alessandra Alves, após ser espancado por 12 policiais.
No caso de Cajazeiras, Ronivon foi preso no final da
noite de terça-feira (07). Segundo a sua esposa, um grupo de policiais,
liderados pelo Cabo Filho, chegaram a sua casa, por volta da meia noite,
dizendo que tinha um mandado de prisão por tráfico de drogas, invadiram a
residência, prenderam Ronivon e passaram a espancá-lo.
Chorando, a mulher disse que pediu a polícia para não
bater no seu esposo, pois ele era um homem muito doente. “Pedi: leve ele preso,
mas não bata nele não. Ele tem problema de fígado, baço e coração. Não mate ele
não, nós temos cinco filhos. E as crianças estavam todas gritando: não matem
meu pai não”, contou.
As informações são que Ronivon já chegou morto ao
hospital Regional de Cajazeiras. Após a denúncia, o tenente coronel Ronildo
declarou que vai investigar o caso.
"Vamos aguardar o resultado da Perícia Técnica do
IML em Patos. Nós vamos fazer a apuração do caso, e se a culpa for dos
Policiais, eles irão responder por isso, mas somente o laudo cadavérico é quem
vai determinar realmente o que causou a morte da vítima”, declarou.
VITRINE
DO CARIRI
Diário
do Sertão
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