segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Protesto em apoio à Telexfree ocupa faixas da Avenida Paulista

J. Duran Machfee/Futura Press
 


Cerca de 200 apoiadores da Telexfree ocuparam três das quatro faixas da Avenida Paulista, em ambos os sentidos, por volta das 12h20 desta segunda-feira (5), em São Paulo. O grupo protesta contra a decisão da Justiça do Acre que, em junho, congelou as contas da empresa, suspeita de ser a maior pirâmide financeira da História do Brasil. A medida bloqueou também o dinheiro investido na empresa pelos seus associados, conhecidos como divulgadores.



Manifestantes pedem liberdade para decidir onde investir o dinheiro 



Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, os manifestantes seguiram em caminhada pela Avenida da Consolação, interrompendo a circulação de veículos em duas faixas da via. Às 16h, concentravam-se nas calçadas do Viaduto do Chá, junto à Prefeitura de São Paulo.

A Telexfree, que informa comercializar serviço de telefonia via internet (VoIP) por meio de marketing multinível, tem cerca de 1 milhão de associados no Brasil. Eles pagaram taxas de adesão com a promessa de lucrarem com revenda dos pacotes de minutos, a atração de mais associados para a rede e colocação de anúncios na internet.

O Ministério Público do Acre (MP-AC), entretanto, diz que o faturamento da empresa depende exclusivamente das taxas de adesão, e não da venda de serviços ou da colocação de anúncios. Por isso, argumenta, a Telexfree é uma pirâmide financeira – o que é crime.

Em 18 de junho, a juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível, aceitou a denúncia do MP-AC e bloqueou as contas da Telexfree. Os advogados da empresa recorreram, mas tiveram oito recursos negados. O próximo pedido deve ser analisado no dia 12.

Além da Telexfree, outras 30 empresas são alvo de investigação por suspeita de acobertarem pirâmides financeiras. A BBom, que atua no mercado de rastreadores, também teve as contas bloqueadas por uma decisão judicial. Os representantes da Telexfree e da BBom negam irregularidades.


Vitor Sorano - iG São Paulo



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