Escolas de todo o país realizam
nesta sexta (19), um dia de mobilização nacional da educação pelo combate ao
Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e do vírus Zika. As ações vão envolver professores, diretores,
reitores de universidades e de institutos federais, agentes de saúde e da
vigilância sanitária, forças armadas, governadores e prefeitos e população.
A campanha de
conscientização e orientação para o combate aos criadouros do mosquito vai
continuar durante todo o ano nas redes educacionais do país. No primeiro dia
das ações, serão realizadas as atividades específicas nas escolas como
distribuição de panfletos e palestras. O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, destacou que a prevenção é a melhor alternativa contra o Aedes
aegypti e que a mobilização das redes pública e privada de educação fará a
diferença no combate ao mosquito.
“Só na rede pública são mais
de 200 mil escolas. Através da sala de aula podemos manter informada a juventude,
as crianças e elas levarem para dentro de casa uma nova atitude. O dia é pra
todo mundo parar e refletir, mas vai ter que ser uma campanha permanente. Todo
mundo tem que gastar 15 minutos por semana para não deixar nada de água parada
dentro de casa”, disse no programa Bom Dia, Ministro, da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços
nesta quita 18.
A ideia, segundo ele, é que
cada escola tenha pelo menos cinco servidores organizados para fazer o trabalho
de conscientização de forma permanente e que os estudantes transmitam as
informações aos familiares e façam fiscalização em casa. A prevenção nos
prédios de escolas e universidades também será intensificada
“A educação sempre foi de
luta: na luta contra ditadura, pela democracia, pela anistia, pelas diretas. É
um setor que tem consciência e mobilização, temos que transformar esse espírito
de luta para exterminar o mosquito, combater e impedir que ele nasça. Se a gente
mobilizar a educação, creio que vamos sensibilizar as famílias”, disse
Mercadante.
Cada nível de ensino terá
uma abordagem específica. Na educação infantil, por exemplo, a proposta é
organizar atividades com desenhos e usar material pedagógico que estimule o
interesse das crianças sobre o tema. As crianças também receberão cartas com
orientações a serem entregues aos pais. No ensino superior, as informações
poderão ser mais aprofundadas com abordagem científica do tema.
As escolas que ainda não
retornaram às aulas farão as atividades assim que for iniciado o ano letivo. Para
esta mobilização, o ministro Mercadante informou que conversou com os
governadores dos 26 estados e do Distrito Federal e todos disseram que estarão
comprometidos com as ações. Secretários do Ministério da Educação também
entraram em contato com prefeitos e secretários de educação.
O ministro da Educação
informou ainda que, para reforçar as ações de combate ao Aedes aegypti, o tema
do Prêmio Professor do Brasil deste ano será relacionado à dengue, febre
chikungunya e ao vírus Zika para incentivar a produção de trabalhos acadêmicos
relacionados e essas doenças.
A mobilização dá
prosseguimento ao proposto no Pacto da Educação Brasileira contra o Zika, firmado
no início do mês entre o Ministério da Educação, demais representantes do
governo federal, estados e municípios, além de instituições e organizações
públicas e particulares.
Ao ser questionado por um
radialista se ele considera legítimo o licenciamento do ministro da Saúde,
Marcelo Castro do cargo no dia (17), para votar na eleição do PMDB
na Câmara dos Deputados, em que o país enfrenta os problemas causados pelo
mosquito, Mercadante disse que os esforças do ministro vem sendo feitos e seu afastamento
por um período curto de tempo não foi suficiente para comprometer seus trabalhos
à frente da pasta.
Redação com Agência
Brasil