sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Combustíveis vai aumentar novamente na PB; veja o por que das alterações


O preço médio dos combustíveis vai sofrer, pela segunda vez neste ano, um reajuste, na Paraíba. A tabela de novos preços, publicada no Diário Oficial da União da terça-feira (23), será praticada a partir de 1º de março. Com o reajuste, o novo preço do litro da gasolina pode passar dos R$ 3,82, já que esse valor vai ser a base de cálculo para cobrança de impostos, aos postos de gasolina, do governo federal.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB) explica as várias alterações nesses valores têm relação com a cobrança de impostos. Em 2015 foram oito reajustes; veja abaixo.  Os novos valores foram definidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Com isso, o preço médio do litro da gasolina vai sair dos atuais R$ 3,74 para R$ 3,82 e o litro do etanol sair dos R$ 2,88 para valer R$ 3,03.

Também sofrem reajuste o litro do óleo diesel, que sai dos atuais R$ 3 para os R$ 3,04, e o litro do óleo diesel S10, que passa a valer R$ 3,14, contra os atuais R$ 3,10. O reajuste dos valores médios ocorre não só na Paraíba, mas também nos estados de Alagoas, Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.

Ao Portal Correio, o diretor presidente do Sindipetro-PB, Omar Hamad, contou que o preço da gasolina não é tabelado ou controlado pelo governo, já que todos os postos possuem autonomia para cobrar aquilo que é considerado necessário, mas a elevação do preço médio realizada pelo Confaz periodicamente estabelece um valor base para a cobrança de impostos, inviabilizando a manutenção de preços fixos.

“O preço do combustível é livre. Essa média de preços é uma mera substituição tributária. O governo faz essa média para poder cobrar impostos. Então, mesmo que um posto venda a gasolina por R$ 3,50 ele vai ser cobrado pelo governo, com relação aos impostos, pelo preço de R$ 3,82 por cada litro [pelo preço médio do Confaz]. Caso o dono do posto mantenha os R$ 3,50, só nisso ele vai ter prejuízo de, pelo menos, R$ 0,32 por litro. Então é difícil manter os preços atuais dessa maneira”, afirmou Omar. 

O diretor presidente do Sindipetro-PB lamentou o que ele classifica como “uma medida para forçar o aumento de arrecadação” promovida pelo governo federal. “Essa média é feita por Estados, para poder ser cobrado imposto. Esse valor médio sempre é mais caro do que o valor que os postos cobram pelo combustível. Isso é feito sempre quando se quer aumentar a arrecadação do governo. Isso é o Brasil e acabamos sem poder fazer nada”, concluiu Omar Hamad.

Por Halan Azevedo

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